Artigo Acesso aberto

Conhecimentos dos enfermeiros sobre a violência obstétrica: uma revisão integrativa

2024; Volume: 7; Issue: 15 Linguagem: Português

10.55892/jrg.v7i15.1358

ISSN

2595-1661

Autores

Júlia Seghetto da Silva, Willian Roger Dullius,

Tópico(s)

Grief, Bereavement, and Mental Health

Resumo

A maternidade provoca grandes transformações nas mulheres e, ao longo do tempo, o parto passou de um evento familiar assistido por parteiras para um processo medicalizado, muitas vezes desumanizador e sujeito à violência obstétrica. O profissional enfermeiro deve ter conhecimento sobre a assistência inadequada para proporcionar e garantir acesso e qualidade na assistência às gestantes e recém-nascidos, promovendo práticas humanizadas e respeitosas no atendimento de saúde. Este artigo tem o objetivo de descrever o conhecimento dos profissionais enfermeiros em relação à violência obstétrica em seu cotidiano de trabalho. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados BVSalud, a qual incluiu a LILACS, BDENF, MEDLINE e também foi realizada a busca na biblioteca SciELO (Scientific Eletronic Library Online), utilizando os descritores: enfermagem, enfermeiro, parto humanizado, parto normal e violência obstétrica, e empregando o operador booleano AND. Foram incluídos textos empíricos, revisões da literatura e dissertações, publicados entre janeiro de 2014 e março de 2024, disponibilizados na íntegra, em português e publicados no Brasil. Foram excluídos textos duplicados, comentários, editoriais, literatura cinzenta e artigos que não abordassem o objetivo do estudo. Foram encontrados 303 textos, dos quais 18 foram incluídos nesta revisão. Os textos ao descrever sobre o conhecimento dos profissionais enfermeiros em relação à violência obstétrica abordam quatro grandes áreas: i) definição de violência obstétrica; ii) práticas e procedimentos desnecessários; iii) boas práticas para prevenção; e, iv) mudanças estruturais e culturais. Destaca-se o conhecimento sobre violência obstétrica, a necessidade da educação continuada e mudanças institucionais para um ambiente mais seguro. A importância do treinamento para profissionais de saúde, avaliação das políticas públicas e a criação de material instrucional aos profissionais podem corroborar para um processo de redução da violência obstétrica.

Referência(s)