
A cura do corpo e da alma numa jornada ao paraíso e inferno na obra <i>Visão de Túndalo</i>
2024; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 15; Issue: 2 Linguagem: Português
10.5902/2357797587441
ISSN2357-7975
Autores Tópico(s)Religion and Society in Latin America
ResumoEste artigo procura analisar a relação da saúde do corpo e da alma no Medievo. O corpo, em virtude de ter tendência a cometer os sete pecados capitais, é visto como causador da doença da alma. Neste sentido, era necessário realizar uma série de ações indicadas pela Igreja para manter a saúde do corpo e da alma por meio de ida a missas, orações, confissão, penitência, doações, entre outras. São fornecidos alguns exemplos dessas ações relacionadas a pessoas importantes do reino luso entre os séculos XIV e XV, como D. Filipa, D. João I, D. Duarte. Além disso, é analisado o único manuscrito iluminado da obra Visio Tnugdali, chamado Les Visions du Chevalier Tondal (1475), encomendado por uma duquesa muito devota, Margaret de York. Esta obra, que teve grande circulação nas Idades Média e Moderna, trata de um cavaleiro pecador que devido aos seus pecados passa por uma experiência de quase-morte e sai do corpo, sendo acompanhado por seu anjo da guarda. Após experimentar os tormentos infernais e se arrepender, a sua alma é curada e ele pede a hóstia, o que indica a cura do corpo e da alma e a sua transformação em modelo de cristão.
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