Displasia do desenvolvimento do quadril - uma revisão de literatura
2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv7n4-196
ISSN2595-6825
AutoresThaís Guimarães de Faria, Ana Paula Celes de Morais, Ester Biank Rodrigues de Abreu, Luiza de Barros Mendes Pires, Thiago Lopes Sena,
Tópico(s)Mechanical Engineering and Vibrations Research
ResumoA displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) é uma condição ortopédica que afeta recém-nascidos e crianças pequenas, caracterizada pelo desenvolvimento anormal da articulação do quadril. A etiologia é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, posicionamento intrauterino e influências hormonais. Estudos indicam maior incidência em bebês do sexo feminino, primeiros filhos e aqueles com história familiar de displasia do quadril. Fatores como a apresentação pélvica durante o parto e certas práticas de embrulhamento do bebê também aumentam o risco. Epidemiologicamente, a prevalência varia de 1,5 a 20 por 1000 nascidos vivos, com diferenças significativas entre grupos étnicos e regiões. Por exemplo, a Europa Oriental apresenta taxas mais elevadas, enquanto algumas áreas da África têm incidências menores, destacando a necessidade de estratégias de rastreamento específicas para cada população. O diagnóstico precoce é crucial para o tratamento e pode ser realizado através de exames físicos, como o teste de Ortolani e Barlow, complementados por ultrassonografia. Em bebês mais velhos, a radiografia é utilizada para avaliar a maturidade do acetábulo. A detecção precoce permite intervenções que previnem complicações a longo prazo, como a osteoartrite. O tratamento varia conforme a idade e a gravidade da condição. Em recém-nascidos e lactentes jovens, dispositivos de imobilização como o suspensório de Pavlik são eficazes para estabilizar a articulação. Em casos graves ou em crianças mais velhas, pode ser necessário o uso de gesso ou cirurgia. O sucesso do tratamento é monitorado por exames de imagem e acompanhamento clínico regular. A prevenção envolve promover posições adequadas para os bebês e evitar embrulhamentos apertados. O rastreamento neonatal e o acompanhamento de crianças com fatores de risco são fundamentais para a detecção precoce. Por fim, a educação contínua de profissionais de saúde e pais sobre a importância do rastreamento e tratamento precoce é essencial para melhorar os desfechos a longo prazo.
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