
Delirium - uma revisão abrangente sobre a epidemiologia, etiologia, fatores de risco, diagnóstico, estratégias de prevenção e manejo
2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv7n4-195
ISSN2595-6825
AutoresThiago Lopes Sena, Bruno de Barros Massote, Lara Figueira Aguiar Cótica, Luciana Azevedo Silva Mantovani de Carvalho, Thiago Martins Ferreira Cunha,
Tópico(s)Intensive Care Unit Cognitive Disorders
ResumoO delirium é um estado agudo de confusão mental que afeta uma grande parcela da população, especialmente os idosos e os pacientes hospitalizados. Sua prevalência varia de acordo com o contexto clínico, mas estudos indicam taxas alarmantes, especialmente em unidades de terapia intensiva e em pacientes pós-operatórios. A causa subjacente ao delirium é multifatorial, envolvendo fatores médicos, ambientais e farmacológicos. Entre os fatores de risco destacam-se a idade avançada, presença de demência, doenças crônicas, uso de medicamentos sedativos e internações hospitalares prolongadas. O diagnóstico do delirium baseia-se na observação clínica dos sintomas, que incluem alterações na atenção, pensamento desorganizado, flutuações no nível de consciência e desorientação temporal e espacial. Embora desafiador, o reconhecimento precoce é fundamental para evitar complicações graves e melhorar os resultados clínicos. Estratégias de prevenção incluem a identificação e manejo dos fatores de risco modificáveis, como descontinuação de medicamentos sedativos, controle da dor e promoção de um ambiente hospitalar favorável à orientação temporal e espacial. O manejo do delirium requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo médicos, enfermeiros, psicólogos e terapeutas ocupacionais. O tratamento visa tratar a causa subjacente, controlar os sintomas e minimizar o impacto negativo na qualidade de vida do paciente. Intervenções não farmacológicas, como a reorientação frequente, estimulação cognitiva e otimização do ambiente, são fundamentais. Em casos graves ou agudos, pode ser necessário o uso de medicamentos antipsicóticos para controlar os sintomas agitados. Por fim, o delirium é uma condição clínica comum e potencialmente grave, especialmente em populações vulneráveis como os idosos e os pacientes hospitalizados. Sua abordagem requer uma compreensão abrangente dos fatores de risco, métodos de diagnóstico adequados, estratégias de prevenção e um plano de manejo eficaz. A prevenção e o tratamento precoces são cruciais para minimizar complicações e melhorar os resultados clínicos desses pacientes.
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