Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Nefrite lúpica na gestação: evolução clínica e impacto terapêutico

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n4-182

ISSN

2595-6825

Autores

Diogo Salomão Pontes, Matheus Sanvido Batista Sanches, Maritha Araújo Prates,

Tópico(s)

Biomedical Research and Pathophysiology

Resumo

Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma condição autoimune que pode gerar múltiplas repercussões. É uma doença que afeta principalmente mulheres jovens em idade reprodutiva. Durante a gravidez, pode ocorrer aumento da atividade da doença lúpica. Objetivo: Avaliar o impacto da nefrite lúpica na gestação e a abordagem farmacológica neste período. Metodologia: Busca ativa de artigos nas bases de dados Pubmed, Scielo e Lilacs, nas línguas portuguesa e inglesa. Foi aplicado filtro para artigos publicados entre 2004 e 2020, selecionando aqueles estudos que apresentavam maior relevância com a temática. A estratégia de busca baseou-se nos seguintes descritores: “nefrite lúpica”, “gravidez”, “lúpus eritematoso sistêmico” e “nephropathy”. Resultados: O perfil imunológico do paciente lúpico é caracterizado pelo aumento dos níveis de anticorpos anti-nucleares (anti-DNA, anti-RNP, anti-SSA, anti-Sm e anti SSB). As funções auxiliadoras e supressoras perdem o seu equilíbrio devido às alterações dos linfócitos B. Imunocomplexos são formados pela ação dos auto-anticorpos no DNA e estes se depositam nos tecidos e/ou ativam complemento, levando ao processo inflamatório responsável pelas lesões. Durante a gestação, a elevação de estrogênio pode aumentar a reatividade imunológica. Conclusão: Conclui-se que o lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, que pode acometer diversos órgãos. A nefrite lúpica é uma das manifestações da doença. Por isso, a gravidez associada ao LES é um desafio visto que pode levar a exacerbação e surgimento do quadro de nefrite numa fase em que os tratamentos são restritos.

Referência(s)