Artigo Acesso aberto

Impactos e consequências da COVID-19 longa: uma revisão integrativa

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n4-204

ISSN

2595-6825

Autores

Ana Flávia Oliveira Diniz, Matheus Alves de Araújo Nunes, Maria Eduarda Pereira Fernandes, Thaís Nacur Pimenta, Lucas Henrique Pena El Auar Ramos,

Tópico(s)

Healthcare Regulation

Resumo

Introdução: A doença popularmente conhecida como COVID-19 surgiu em 2019, sendo causada em decorrência do vírus SARS-CoV-2. Na maioria das vezes, a COVID-19, após a infecção e resolução da doença, os pacientes recuperam-se totalmente da doença. Entretanto, existem casos em que foram relatados a persistência dos sintomas da COVID-19 e a Organização Mundial de Saúde passou a definir essa questão como a síndrome pós-Covid ou Covid longa, sendo caracterizada pela persistência dos sintomas da doença por mais de 3 meses, sem a existência de uma condição viral. Objetivo: O objetivo deste trabalho é compreender os motivos e as consequências dos pacientes acometidos pela COVID-19 longa. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A partir da escolha do tema de tamanha relevância e relativamente novo no campo das ciências médicas, foi feita uma busca exaustiva por estudos que abordassem o tema Covid longa e suas consequências. Discussão: A COVID longa apresenta uma desregulação imunológica prolongada, incluindo a redução de células T de memória efetoras e aumento da expressão de PD-1. Alterações imunológicas associadas à COVID longa incluem elevados níveis persistentes de citocinas e CCL11, e baixa produção de anticorpos durante a fase aguda. A COVID longa afeta vários sistemas orgânicos: o sistema circulatório com disfunção endotelial e risco cardiovascular, o sistema neurológico com comprometimento cognitivo persistente, o sistema reprodutivo com alterações menstruais e disfunção erétil, e o sistema respiratório e gastrointestinal com sintomas prolongados e disbiose intestinal. A vacinação pode reduzir parcialmente o risco de COVID longa, mas os efeitos variam conforme a variante viral e o nível de imunização. Conclusão: Nota-se que diversos fatores, como a resposta imunológica do paciente acometido por COVID agudo, as diferentes variantes do SARS-CoV-2 e o nível de vacinação podem impactar o desenvolvimento da COVID longa. A síndrome pode afetar diversos sistemas do organismo além do respiratório, como o circulatório, neurológico e digestivo. Ademais, percebe-se a necessidade da realização de mais estudos para melhor entendimento da COVID longa.

Referência(s)