Paisagens e processos pedogenéticos em distintos ecossistemas terrestres Antárticos
2024; Volume: 44; Linguagem: Português
10.11606/eissn.2236-2878.rdg.2024.210645
ISSN2236-2878
AutoresDaví do Vale Lopes, Fábio Soares de Oliveira, Rafael Gomes Siqueira, José João Lelis Leal de Souza, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud Schaefer, Márcio Rocha Francelino,
Tópico(s)Marine and coastal plant biology
ResumoA Antártica apresenta uma variedade de climas frios que reflete a grande extensão e localização única do seu território. Apesar de avanços recentes, ainda existem muitas lacunas científicas sobre o conhecimento dos solos antárticos. O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir os principais processos de formação dos solos nos distintos ecossistemas terrestres da Antártica, definidos a partir de um gradiente latitudinal austral. O estudo foi realizado a partir de revisão de literatura e na experiência acumulada do Núcleo de pesquisas Terrantar (INCT Criosfera), o qual desde 2002 vem atuando de maneira contínua, analisando e monitorando os distintos ecossistemas terrestres antárticos. A classificação dos solos segue os critérios da U.S. Soil Taxonomy e IUSS Working Group WRB. A diversidade de processos pedogenéticos na Antártica implica em uma série de mudanças químicas, físicas e biológicas, em escalas distintas nos ecossistemas terrestres. Onze processos pedogenéticos específicos foram identificados ao longo de um gradiente latitudinal austral: fosfatização, sulfurização, podzolização, rubificação, melanização, paludização, gleização, crioturbação, salinização, deflação e crioclastia. Áreas com sulfurização e fosfatização apresentam maior intemperismo químico e maior desenvolvimento de solos, formando paisagens singulares em meio à dominância de processos de intemperismo físicos (crioclastia, deflação, crioturbação). A melanização é desfavorecida pela vegetação limitada e pouco acúmulo relativo de matéria orgânica em solos da Antártica.
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