Leishmaniose Visceral no Brasil

2023; Volume: 6; Linguagem: Português

10.47385/cmedunifoa.286.6.2019

ISSN

2966-2133

Autores

Rafaella Bastos Leite, A. S. Mendonça, D. S. R. Silva, Erick F. Alves, F. D. C. Cândido, M. C. Souza, P. C. Assis,

Tópico(s)

Research on Leishmaniasis Studies

Resumo

A leishmaniose visceral (LV) é uma doença crônica grave que, no Brasil, apresenta anualmente cerca de 3.500 novos casos. Também conhecida como Calazar, é causada por um protozoário da espécie Leishmania e seu ciclo evolutivo apresenta duas formas: amastigota, que é obrigatoriamente parasita intracelular, e promastigota, presente no tubo digestivo do inseto transmissor. Sua principal forma de transmissão para o homem e outros hospedeiros é através da picada de fêmeas de dípteros conhecidos como flebotomíneos. Os principais órgãos acometidos pela doença são baço, fígado e tecido hematopoiético. Neste contexto se encontra um dos principais problemas, a semelhança entre o quadro clinico da leishmaniose visceral com o de outras patologias é o que dificulta o tratamento da doença determinando demora no inicio da terapêutica e, assim, piores prognósticos para o paciente. A LV vem apresentando mudanças importantes no padrão de transmissão, tendo inicialmente predominado em ambientes silvestres e rurais e mais recentemente em centros urbanos. O trabalho teve como objetivo analisar a incidência da leishmaniose visceral no Brasil entre os anos de 2007 e 2017 e descrever os elementos que influenciaram nesse processo. Para tanto, a pesquisa foi construída na base de dados Pubmed utilizando os descritores “visceral leishmaniasis” e “epidemiology”, consultados no MeSH (Medical Subject Headings) para a certificação das palavras-chaves, alem de dados coletados na plataforma DataSUS e no Ministério da Saúde. Por meio do estudo o processo de urbanização foi apontado como principal justificativa para o aumento da incidência de casos nos centros urbanos e verificou-se que as ferramentas de notificação e os estudos epidemiológicos trazem grande contribuição para o processo de vigilância e estratégia em saúde. Dessa forma, a fim de conseguir maior controle sobre a leishmaniose visceral são necessárias medidas de intervenção ambiental, controle vetorial e capacitação dos profissionais de saúde, para que assim seja possivel atuar de forma oportuna otimizando a promoção em saúde.

Referência(s)