A noite escura nos poemas de São João da Cruz e de Thiago de Mello
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 16; Issue: 8 Linguagem: Português
10.55905/cuadv16n8-059
ISSN1989-4155
Autores Tópico(s)Memory, Trauma, and Testimony
ResumoEste artigo é fruto de uma comunicação apresentada no 34º Congresso Internacional da SOTER - Sociedade de Teologia e Ciências da Religião, realizado entre 11 e 15 de junho de 2022, em que se coteja o poema de São João da Cruz, Noite escura, com o poema do brasileiro Thiago de Mello, Madrugada camponesa. Apesar do notório caráter político-social dos poemas de Thiago de Mello, que é o traço dominante das suas obras, é possível encontrar vários pontos de contato entre os dois poemas, dado que ambos trabalham as ambiguidades noite/dia, claro/escuro, inércia/transformação, abandono/superação e esperança/miséria. Para eles, a noite escura é um estágio que permite purificação e transformação para que se alcance a plenitude do desejado: em João da Cruz, a plenitude desejada é a união da alma com Deus, enquanto que em Thiago de Mello é o encontro das liberdades pelos povos oprimidos. Alfredo Bosi e Bakhtin serviram de suporte teórico para as releituras.
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