Doença carotídea extracraniana: epidemiologia, diagnóstico e tratamento cirúrgico e intervencionista

2024; Editora Univates; Volume: 21; Issue: 8 Linguagem: Português

10.54033/cadpedv21n8-150

ISSN

1983-0882

Autores

Carlos Walmyr de Mattos Oliveira, Cristiane del Corsso, Leonardo Gomes Moreira, Laura Oliveira Lorenzo de Andrade, N. Takeda, Víctor César Vieira de Oliveira Barros, Daise de Carvalho da Silva, Gabriel Barboza de Andrade, Rafael C. Silva, Ítalo do Couto Ferreira, Priscilla Trece Barbosa, Ana Laura Matos Moreira Dias, Vinícius Moreira, Antônio Lopes Campos, Karina Mitsuzumi Ono Silva,

Tópico(s)

Pituitary Gland Disorders and Treatments

Resumo

A doença carotídea extracraniana é um fator crucial na etiologia dos acidentes vasculares encefálicos (AVEs), frequentemente associada à aterosclerose e a episódios de embolização. O objetivo deste estudo é revisar e analisar os avanços recentes nas abordagens diagnósticas e terapêuticas para essa condição, com foco nas técnicas cirúrgicas, estratégias de imunossupressão e manejo pós-operatório. Foi realizada uma busca sistemática em bases de dados biomédicas renomadas, como PubMed, Scopus, Web of Science e Embase, utilizando termos relacionados ao transplante cardíaco, técnicas cirúrgicas e imunossupressão. Não houve restrição quanto ao idioma ou data de publicação dos estudos incluídos. Foram aplicados critérios rigorosos para a seleção dos estudos, excluindo aqueles que não estavam disponíveis integralmente ou que não apresentavam informações relevantes sobre as técnicas cirúrgicas, estratégias de imunossupressão e manejo pós-operatório em transplante cardíaco. Foram incluídos artigos originais, revisões sistemáticas, meta-análises e diretrizes clínicas. Os dados extraídos foram analisados para identificar padrões emergentes, lacunas na literatura e áreas de consenso ou controvérsia. A revisão revelou que a aterosclerose na bifurcação da artéria carótida é uma causa predominante de AVEs, com técnicas de imagem como ultrassonografia com Doppler, angiotomografia e angiorressonância magnética sendo essenciais para o diagnóstico preciso da estenose carotídea. A endarterectomia carotídea se mostrou eficaz na redução do risco de AVEs ipsilaterais, especialmente em pacientes com estenose severa. A colocação de stent, por outro lado, é uma alternativa valiosa, mas apresenta riscos associados à formação de êmbolos, sendo necessário o uso de dispositivos de proteção cerebral. Além disso, a revisão abordou a síndrome do roubo da subclávia, uma condição rara, mas relevante para o diagnóstico diferencial. Os resultados indicam que, embora os avanços nas técnicas de imagem e nas opções terapêuticas tenham melhorado o manejo da doença carotídea extracraniana, existem áreas que necessitam de mais investigação, especialmente no tratamento de pacientes assintomáticos e na gestão de estenoses moderadas. A conclusão do estudo destaca a importância de continuar a pesquisa e a atualização das diretrizes clínicas para aprimorar o tratamento e os desfechos clínicos associados à doença carotídea extracraniana.

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