Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Meningioma selar, hemianopsia homônima bitemporal e manejo do hipopituitarismo anterior

2024; Volume: 6; Issue: 8 Linguagem: Português

10.36557/2674-8169.2024v6n8p2630-2636

ISSN

2674-8169

Autores

Romulo Sousa da Silva, Pedro Henrique Nascimento Mattos, Mirelly Alves Vitor, Letícia Rocha Moreira, Gustavo Del Campo Cordeiro, Pedro Augusto Rizzo Egger, Maria Fernanda Inocente Messias Pinheiro, Caio Álvares Bitencourt, Mariana Quirino de Oliveira, Rithiele Souza Silva, Beatriz de Castro Barbosa dos Santos, Davi Balica de Oliveira, Wesley Soares Pires, Vanessa Hallich França da Silva,

Tópico(s)

Pituitary Gland Disorders and Treatments

Resumo

O meningioma selar é um tipo de tumor intracraniano que se origina nas células das meninges, em específico na região da sela túrcica, onde se localiza a hipófise Embora os meningiomas sejam, em sua maioria, tumores benignos e de crescimento lento, sua localização na região selar pode resultar em efeitos clínicos significativos devido à compressão das estruturas adjacentes, incluindo a hipófise, o quiasma óptico, os nervos cranianos e os vasos sanguíneos (como ramos da carótida) Clinicamente, pacientes com esse quadro podem apresentar sintomas como cefaléia, distúrbios visuais (como hemianopsia bitemporal), disfunção hipofisária (hipopituitarismo), e, em casos raros, diabetes insipidus O diagnóstico é geralmente realizado por meio de exames complementares, como a ressonância magnética (RMN), pois permite a avaliação detalhada do tamanho, extensão e relação do tumor com as estruturas adjacentes O manejo do meningioma selar depende de vários fatores, incluindo o tamanho do tumor, a presença de sintomas e a idade do paciente. A ressecção cirúrgica é a abordagem de escolha, especialmente para tumores que causam compressão significativa ou disfunção visual A cirurgia pode ser realizada por via transesfenoidal ou por craniotomia. Em casos onde a cirurgia completa não é possível ou quando o tumor recidiva, a radioterapia adjuvante pode ser uma opção O prognóstico costuma ser favorável, contudo a proximidade com estruturas críticas e o risco de complicações cirúrgicas fazem do manejo desses tumores um desafio clínico A monitorização a longo prazo é essencial para detectar recidivas e gerenciar complicações tardias, como a insuficiência hipofisária

Referência(s)