IMPACTO DA VACINAÇÃO CONTRA COVID-19 NOS DESFECHOS DE PACIENTES COM SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE: UM ESTUDO DE COORTE RETROSPECTIVO NO DISTRITO FEDERAL (2020-2023)
2024; Volume: 5; Issue: 8 Linguagem: Português
10.47820/recima21.v5i8.5609
ISSN2675-6218
AutoresLuís Claudio Montes Silva, Letícia Queiroz Limeira, Lara Marques Galhardo, Marquisson Afonso Oliveira da Silva, Leonardo Holanda Cavalcante de Andrade, Joyce Moraes MARTINS, Larissa Lima dos Santos, Marielba Borgonha Querino Mattei, Pedro Santos,
Tópico(s)Vaccine Coverage and Hesitancy
ResumoObjetivo: Este estudo busca analisar a relação entre a vacinação contra COVID-19 e os desfechos de pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Distrito Federal entre 2020 e 2023. Método: Realizamos um estudo descritivo retrospectivo utilizando dados de notificação compulsória de SRAG fornecidos pela Gerência de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (GEVITHA). As informações coletadas incluem idade, sexo, status de vacinação, comorbidades e desfechos clínicos. Para análise estatística, utilizamos testes qui-quadrado, regressão logística e análise de multicolinearidade para verificar a independência das variáveis. Resultados: Nossos dados mostram uma diferença significativa nos desfechos entre os grupos vacinados e não vacinados. A vacinação apresentou um Odds Ratio (OR) de 0,064 (95% CI: 0,051-0,081), p < 0,001, indicando uma proteção significativa contra desfechos graves. A necessidade de suporte ventilatório e a presença de comorbidades, como síndrome de Down e imunodepressão, também foram identificadas como preditores importantes de mortalidade. A análise de multicolinearidade confirmou a robustez do modelo sem problemas significativos. Conclusão: A vacinação contra COVID-19 é crucial na prevenção de infecções graves, mas não é suficiente por si só para prever os desfechos clínicos em pacientes hospitalizados com SRAG. A gestão eficaz de SRAG requer uma abordagem integrada que considere múltiplos fatores clínicos, incluindo a vacinação, suporte ventilatório e comorbidades. Esses achados sublinham a necessidade de estratégias abrangentes na prática clínica e na formulação de políticas de saúde pública para enfrentar a SRAG durante a pandemia de COVID-19.
Referência(s)