
Hipopituitarismo: abordagens diagnósticas e terapêuticas das principais deficiências hormonais
2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv7n4-345
ISSN2595-6825
AutoresNathália Souza Silva, Criskelem Reis Martins, Lucas Eduardo Santos Fonseca, Isabella Cássia Zuppo Drumond, Isabella de Moura Magalhães,
Tópico(s)Pituitary Gland Disorders and Treatments
ResumoO hipopituitarismo é uma condição complexa caracterizada pela deficiência parcial ou total da secreção de hormônios pela hipófise anterior. Essa deficiência pode envolver múltiplos eixos hormonais, resultando em um quadro clínico variado, dependendo dos hormônios afetados. A deficiência do hormônio do crescimento (GH) é uma das manifestações mais comuns, levando a distúrbios no crescimento em crianças e a alterações metabólicas significativas em adultos, como aumento da adiposidade, diminuição da massa muscular e alterações na qualidade de vida. O hipogonadismo central, outra manifestação importante, decorre da deficiência dos hormônios gonadotróficos (LH e FSH), impactando negativamente a função reprodutiva, levando à amenorreia em mulheres e à redução da libido e disfunção erétil em homens. Além disso, a deficiência de TSH (hormônio estimulante da tireoide) no contexto do hipotireoidismo central resulta em sintomas de hipotireoidismo, como fadiga, intolerância ao frio, ganho de peso e depressão, sendo muitas vezes subdiagnosticado devido à semelhança com outras condições clínicas. A deficiência de prolactina (PRL) é menos comum, mas pode interferir na lactação, enquanto a insuficiência adrenal secundária, decorrente da deficiência de ACTH, pode ser potencialmente fatal se não tratada adequadamente, manifestando-se por fraqueza, hipotensão, hipoglicemia e crise adrenal em situações de estresse. Finalmente, o diabetes insípido central (DIC), caracterizado pela deficiência de vasopressina, leva a um quadro de poliúria e polidipsia, sendo uma condição que requer manejo adequado para evitar complicações graves. Essas deficiências hormonais, quando não diagnosticadas e tratadas de forma apropriada, podem ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. O reconhecimento precoce e a reposição hormonal específica são essenciais para minimizar as complicações associadas ao hipopituitarismo e melhorar os desfechos a longo prazo.
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