Lúpus eritematoso sistêmico e COVID-19: uma revisão integrativa
2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv8n4-316
ISSN2595-6825
AutoresAmanda Chelala Silveira, Gabriel Sampaio Monteiro, Livia Catarina Lopes Vianna Couto, Maria Luísa Pinheiro e Silva, Nelson Freire Silva Filho, Ronny Souza Marques Lopes, Gustavo Smit Schlosser, Matheus Alonso Shimizu João, Guilherme Ribeiro Xavier, Manuela Lange Vicente, Lara Sardenberg Pinheiro Celin, Mikael Veras Vieira, Walter Helene Nunes Cazarotto, Nicolas Felipe Machado,
Tópico(s)Parvovirus B19 Infection Studies
ResumoIntrodução: A pandemia de COVID-19 afetou gravemente pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), que têm maior risco de complicações devido a perturbações imunológicas e ao uso de imunossupressores. Além de aumentar a vulnerabilidade à infecção, a pandemia trouxe desafios no manejo do LES, incluindo o uso de medicamentos e o impacto da autoimunidade desencadeada pelo vírus. Objetivo: avaliar o impacto da COVID-19 em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico e identificar fatores de risco associados. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa na base de dados PUBMED utilizando os descritores “SYSTEMIC LUPUS ERYTHEMATOSUS AND COVID-19’’ para artigos publicados entre 2020 e 2024. Resultados: foram identificados 828 artigos, dos quais 9 foram selecionados. A taxa de hospitalização variou de 0,8% a 80%, dependendo das metodologias. Foi relatada uma taxa de 30% de hospitalização, com risco três vezes maior para pacientes com LES comparado à população geral. A raça foi um fator de risco significativo, com não brancos apresentando maior risco. O uso de hidroxicloroquina não apresentou risco significativo, enquanto o rituximabe aumentou o risco de hospitalização. O SARS-CoV-2 pode ser um gatilho para LES, mas os estudos têm amostras pequenas, dificultando o diagnóstico devido a sintomas semelhantes. Pacientes com COVID-19 apresentam trombocitopenia e lesão renal associada à gravidade da doença. As taxas de infecção por COVID-19 em pacientes com LES variaram entre 2,5% e 82% de hospitalização. Conclusão: Pacientes com LES têm maior risco de hospitalização por COVID-19, com variações significativas entre estudos. O uso de rituximabe e glicocorticoides foi ligado a complicações graves, exigindo cautela no manejo desses medicamentos. As vacinas de mRNA se mostraram eficazes, apesar da hesitação vacinal, principalmente em homens e jovens. Disparidades no acesso à saúde afetaram os resultados, com minorias raciais enfrentando maiores taxas de mortalidade.
Referência(s)