Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Discutindo “O pagador de promessas”

2024; Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEO); Issue: 30 Linguagem: Português

10.51951/ti.v14i30.p154-166

ISSN

2236-7403

Autores

Janisson dos Santos, Hamilcar Silveira Dantas,

Tópico(s)

Social and Political Issues

Resumo

A peça de Dias Gomes, O pagador de promessas, lançada em 1960, foi adaptada para o cinema por Anselmo Duarte, dois anos depois. Ao transitar entre a narrativa cinematográfica clássica e o “teatro filmado”, o filme homônimo recrudesceu um debate profícuo entre o cinema clássico e o moderno e suas incursões nas temáticas da desigualdade social e da intolerância religiosa. Este artigo analisa na obra cinematográfica como se deu a adaptação dos conceitos de intolerância religiosa e sincretismo religioso, sobre mito e construção simbólica, expressos na batalha de seu protagonista em cumprir sua promessa. Problematizando o conceito de adaptação, adotando o princípio do hipertexto cinematográfico e tencionando os debates em torno da narrativa cinematográfica, buscamos suporte na análise fílmica de conteúdo decompondo o filme em cenas essenciais do trato com a dimensão da intolerância religiosa e sua atualidade no Brasil. Verificou-se que as composições narrativas do filme não são “teatro filmado” posto que a diversidade de planos, a métrica e rítmica da sua montagem clássica jamais poderia ser replicada no teatro. Ainda que o texto original seja uma peça, sua inventividade sinalizou uma riqueza narrativa sem igual que torna atuais os debates acerca da intolerância religiosa.

Referência(s)
Altmetric
PlumX