Retocolite ulcerativa - uma revisão abrangente acerca do diagnóstico e tratamento
2024; Volume: 5; Issue: 2 Linguagem: Português
10.54747/ejhrv5n2-048
ISSN2795-4498
AutoresAnna Luiza Batista Quintela, Artur Carvalho Diamante, Bárbara Aparecida Costa Santos, Clara de Freitas Roque, Emanuela Carvalho Rodrigues, Gabriela Moura Rocha, Giovana Rocha Queiroz, Igor Gabriel Silva Oliveira, Lucas Lopes Fagundes, Luiza Gabriela Noronha Santiago, Marcos Paulo Andrade de Oliveira, M.V.N. De Souza, Miguel Guimarães da Silva Paschoalino, Myrella Lacerda de Freitas, Tiago Bernardes Coelho,
Tópico(s)Inflammatory Bowel Disease
ResumoA Retocolite Ulcerativa (RU) é uma doença inflamatória intestinal crônica que afeta o cólon e o reto, caracterizada por inflamação mucosa recorrente. Sua etiologia envolve uma complexa interação entre fatores genéticos, ambientais, imunológicos e microbiológicos. Fatores de risco incluem predisposição genética, dieta ocidental, uso de antibióticos e exposição ao tabaco. A patogênese é marcada por uma resposta imunológica desregulada na mucosa intestinal, com produção de citocinas pró-inflamatórias e perpetuação da inflamação crônica. A disbiose do microbioma intestinal também desempenha um papel crucial na doença. O diagnóstico combina critérios clínicos, endoscópicos, histológicos e laboratoriais. Sintomas comuns incluem diarreia sanguinolenta e dor abdominal. A colonoscopia com biópsia é o padrão-ouro, permitindo visualização da mucosa inflamada e confirmação histológica. Marcadores inflamatórios como PCR e calprotectina fecal auxiliam no diagnóstico e monitoramento. Técnicas de imagem, como ressonância magnética enterográfica, são úteis para avaliar complicações e extensão da inflamação. O tratamento é escalonado, baseado na gravidade da doença. Aminossalicilatos, como a mesalazina, são usados para casos leves e moderados. Corticosteróides são indicados para indução de remissão em casos mais graves. Agentes imunomoduladores e terapias biológicas, como inibidores de TNF-α, são opções eficazes para pacientes refratários. A cirurgia, como a proctocolectomia total com anastomose ileoanal, pode ser necessária em casos graves. A RU exige uma abordagem diagnóstica e terapêutica abrangente e personalizada, com manejo multidisciplinar para otimizar os desfechos e a qualidade de vida dos pacientes. Avanços na compreensão da fisiopatologia e no desenvolvimento de novas terapias oferecem esperança para um melhor controle da doença.
Referência(s)