Apendicite Aguda - uma revisão de literatura abrangente sobre o manejo terapêutico
2024; Volume: 5; Issue: 2 Linguagem: Português
10.54747/ejhrv5n2-056
ISSN2795-4498
AutoresTúlio Chamone de Oliveira, Camila Souza Herdy, Cecília Corrêa Fernandes, Daniel Lopes de Souza, Giulia de Jesus Marcolino, Higor Gomes Mussi, José Gabriel Penarrieta Olmos, Larissa Griffo Gonçalves, Letícia Bianchi, Luísa Diniz Marra Vieira, Maria Gabriela Lisboa, Marília Pereira Gomes, Mateus de Castro Queiroz Pereira, Natsue Tani Tupper, Victória Lucas Camara Antunes,
Tópico(s)Public Health in Brazil
ResumoA apendicite aguda é uma condição inflamatória comum do apêndice vermiforme, frequentemente necessitando de intervenção cirúrgica. Caracteriza-se pela inflamação e, possivelmente, pela necrose do apêndice, devido a obstrução de seu lúmen por fecalitos, corpos estranhos ou hiperplasia linfóide. A patogênese envolve a obstrução, que aumenta a pressão intraluminal e compromete o fluxo sanguíneo, levando a isquemia e inflamação. A proliferação bacteriana exacerba o processo inflamatório, podendo resultar em complicações graves como perfuração e peritonite se não tratada precocemente. O diagnóstico de apendicite aguda combina avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem. A dor abdominal localizada na fossa ilíaca direita, acompanhada por sintomas como náuseas, vômitos e febre, é característica da doença. A ultrassonografia é frequentemente usada como exame inicial devido à sua segurança, especialmente em crianças e gestantes, enquanto a tomografia computadorizada (TC) é a ferramenta de imagem preferida em adultos devido à sua alta sensibilidade e especificidade. A ressonância magnética está emergindo como uma opção adicional, particularmente em pacientes que não podem ser expostos à radiação. O tratamento da apendicite aguda pode ser cirúrgico ou conservador. A apendicectomia, realizada por via laparoscópica ou aberta, é o tratamento padrão, oferecendo alívio rápido e redução das complicações. No entanto, abordagens não-operatórias com antibióticos têm mostrado eficácia em casos não complicados, embora sua durabilidade e taxa de recidiva ainda sejam tópicos de debate. O manejo bem-sucedido requer uma abordagem multidisciplinar, com monitoramento pós-operatório para detectar complicações e otimizar a recuperação. O avanço contínuo na prática clínica e na pesquisa promete melhorar ainda mais a gestão da apendicite aguda, aumentando a eficácia do tratamento e a qualidade de vida dos pacientes.
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