Sertão, espaço de germinação poética topofílica e biofílica em Patativa do Assaré: uma abordagem ecocrítica
2024; Editora da Universidade Estadual de Maringá (Eduem); Volume: 46; Issue: 2 Linguagem: Português
10.4025/actascilangcult.v46i2.69353
ISSN1983-4683
AutoresRosani Saleti da Rosa, Samuel Ronobo Soares, Ângela Maria Zanon, Thaís Souto Bignotto,
Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoFrente aos problemas ambientais enfrentados em nossa contemporaneidade, socioambientalistas de todo mundo se mobilizam com o objetivo de pensar a relação ser humano-natureza. Em vista disso, surgiram estudos sistemáticos e interdisciplinares na tentativa de questionar a condição utilitarista dos bens naturais como recursos não renováveis. Desse modo, pretendeu-se ampliar as discussões sobre a Ecocrítica como articuladora desta interdisciplinaridade. O conceito da teoria literária Ecocrítica contribuiu para as análises de nossa pesquisa. Para tal feito, o objetivo desta pesquisa foi analisar a relação ser humano-natureza na poética de Patativa do Assaré, a qual tematiza a Literatura e a Ecologia, pautadas na corrente crítica Ecocrítica. Assim, as análises poéticas concorrem para a compreensão sobre o sertão nordestino como espaço onde brotam a semente e as rimas que expressam os sentimentos topofílicos e biofílicos. Como resultados obtidos a partir das análises das poesias, pôde-se observar que a poética patativiana se consolidou como espaço sertanejo no qual floresce rimas no mesmo ritmo que a natureza floresce e, por fim, uma literatura topofílica e biofílica e, para tal, uma nova ressignificação da relação sujeito-natureza. Concluiu-se que a Ecocrítica se tornou uma importante ferramenta de análise do texto literário, permitindo perceber uma ressignificação do ser humano-natureza. Em específico, a poética de Patativa do Assaré permite olhar o lugar, o ser e a existência numa unicidade, sendo assim, em um tríplice aspecto indissociável.
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