
Estado hiperglicêmico hiperosmolar: desafios diagnósticos e estratégias terapêuticas avançadas
2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv7n4-407
ISSN2595-6825
AutoresDanilo Rodrigues Honório, Rubens Maciel Martins Pereira, Bruna Sousa Aguiar, Brendon Arpini Rodrigues, Janaína Dominguez Dourado,
Tópico(s)Parkinson's Disease Mechanisms and Treatments
ResumoO Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar (EHH) é uma complicação aguda e grave do Diabetes Mellitus, particularmente prevalente no tipo 2. Caracterizado por hiperglicemia severa e hiperosmolaridade sérica, o EHH difere da Cetoacidose Diabética (CAD) pela ausência de cetoacidose, embora compartilhe algumas complicações comuns. A fisiopatologia do EHH envolve a presença de uma produção mínima de insulina, suficiente para inibir a lipólise e a formação de corpos cetônicos, mas insuficiente para prevenir uma hiperglicemia extrema. Esse cenário leva à hiperosmolaridade sérica e diurese osmótica, resultando em desidratação significativa e possíveis complicações tromboembólicas. A etiologia do EHH é multifatorial, envolvendo fatores como infecções, uso inadequado de medicamentos e desidratação severa. Os pacientes frequentemente apresentam sintomas iniciais como poliúria, polidipsia e perda de peso, que evoluem para desidratação severa, fraqueza, insuficiência renal, e alterações neurológicas, incluindo confusão mental e convulsões. O diagnóstico é baseado em uma combinação de critérios clínicos e laboratoriais, incluindo níveis extremamente elevados de glicose e hiperosmolaridade sérica, sem a presença de cetoacidose. O tratamento do EHH é complexo e exige uma abordagem agressiva e cuidadosa para corrigir a desidratação e a hiperglicemia. A administração de fluidos intravenosos e a monitorização rigorosa são fundamentais para evitar complicações adicionais, como o edema cerebral. O prognóstico é geralmente reservado, com uma taxa de mortalidade mais alta comparada à CAD, especialmente entre a população idosa e aqueles com múltiplas comorbidades. Contudo, o manejo adequado e o diagnóstico precoce podem melhorar significativamente os desfechos. Perspectivas futuras para o tratamento do EHH incluem o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas e a melhoria das diretrizes de manejo, com o objetivo de reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A pesquisa contínua e a atualização das práticas clínicas são essenciais para enfrentar os desafios associados a essa condição complexa e potencialmente fatal.
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