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Uso de dexmedetomidina na prevenção da agitação ao despertar em crianças pós tonsilectomia: uma revisão integrativa

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n4-403

2595-6825

Alice Martinelli Lucena Saar Silva, Carlos Augusto Chaves Colares, Lara Souza Pêgo De Jesus, L. M. Silva, Ludmila Andrade Chaves Pena,

Intensive Care Unit Cognitive Disorders

Introdução: a tonsilectomia e adenoidectomia são cirurgias comuns na população pediátrica, sendo realizadas sob anestesia geral, por meio do uso de medicações como Sevoflurano ou Propofol, drogas essas que podem provocar o fenômeno conhecido como Delírio de Emergência (DE). Esse quadro é caracterizado por agitação, choro e confusão e medicações como Tramadol, Midazolam e Dexmedetomidina (DEX) ajudam a reduzir os efeitos da DE, sendo a DEX uma opção promissora por seus efeitos analgésicos e sedativos. Objetivo: revisar a literatura existente sobre o uso da DEX no cenário de tonsilectomia para avaliação de sua eficácia e segurança. Metodologia: revisão integrativa com pesquisa nas bases de dados Pubmed e Lilacs, analisando artigos no período de 2016 a 2024, na qual foram encontrados 27 artigos e selecionados 16, excluindo-se aqueles duplicados e/ou incompletos. Resultados: os estudos mostraram que a infusão intra-operatória da dexmedetomidina em uma dosagem de 0,5 µg/kg foi capaz de diminuir a incidência de DE de 57% para 17%. Entretanto, outros estudos mostraram que o uso da DEX também pode apresentar efeitos hemodinâmicos, sendo relatada uma redução da frequência cardíaca e também da pressão arterial média cerca de 15 minutos após a indução anestésica. Conclusão: o uso da DEX surge como um adjuvante no cenário de anestesia geral em tonsilectomias e adenoidectomias a fim de reduzir os efeitos do DE, no entanto, devido à existência dos efeitos colaterais já conhecidos e à ausência de consenso na dosagem de administração, o seu uso deve ser feito com parcimônia para uma melhor segurança do paciente.