Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Cetoacidose diabética: fisiopatologia, diagnóstico, tratamento e prevenção

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n4-410

ISSN

2595-6825

Autores

Mônica Linhares Sachett, Analú Holanda Jordão dos Reis, Gabriela Cordeiro Sabatino, Carolina Pereira de Lima, Wandreska Katywscia Pinto,

Tópico(s)

Advanced Glycation End Products research

Resumo

A cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação aguda do diabetes mellitus, caracterizada por uma tríade composta de hiperglicemia, acidose metabólica e cetonemia. A fisiopatologia da CAD envolve a deficiência absoluta ou relativa de insulina, associada ao aumento dos hormônios contrarreguladores, como glucagon, catecolaminas, cortisol e hormônio do crescimento. Esses fatores levam à lipólise e à subsequente produção excessiva de corpos cetônicos, resultando em acidose metabólica. Além disso, a hiperglicemia promove diurese osmótica, contribuindo para a desidratação e desequilíbrios eletrolíticos, exacerbando o quadro clínico. O diagnóstico da CAD é estabelecido por meio da avaliação clínica e de exames laboratoriais, que incluem a medição da glicemia, dosagem de cetonas no sangue ou na urina, e análise dos gases arteriais para determinar o pH e o bicarbonato. A presença de hiperglicemia, cetonemia e acidose metabólica são indicadores clássicos desse estado de emergência médica. O tratamento da CAD requer uma abordagem imediata e multifatorial, envolvendo a reposição volêmica para corrigir a desidratação, a administração de insulina intravenosa para reduzir a glicemia e a cetonemia, e a correção dos desequilíbrios eletrolíticos, especialmente o potássio. Em paralelo, é essencial identificar e tratar os fatores precipitantes, como infecções ou falhas na adesão ao tratamento com insulina. A prevenção depende de um controle glicêmico rigoroso, da educação em saúde e da promoção do automonitoramento, capacitando o paciente a reconhecer sinais precoces de descompensação. O manejo a longo prazo inclui o acompanhamento regular com uma equipe multidisciplinar, a fim de prevenir recidivas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Por fim, a CAD é uma condição grave que exige intervenção rápida e eficaz. A compreensão dos mecanismos fisiopatológicos, aliada a um diagnóstico preciso e tratamento adequado, é fundamental para a prevenção de complicações e o manejo bem-sucedido da condição a longo prazo.

Referência(s)