Artigo Acesso aberto

A emoção criadora na trajetória de Jorge Melquisedeque: das salas de cinema ao Janela Indiscreta

2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 8 Linguagem: Português

10.55905/revconv.17n.8-273

ISSN

1988-7833

Autores

Paolo Ricardo Gutiérrez Solis, Milene de Cássia Silveira Gusmão, Amanda Souza Ávila Lobo,

Tópico(s)

Arts and Performance Studies

Resumo

Jorge Melquisedeque teve uma vida marcada por uma relação profunda com o cinema. Tanto assim que, segundo dados levantados, vários eventos pessoais se confundem com a própria trajetória do audiovisual de Vitória da Conquista. Usando uma abordagem bergsoniana e deleuziana, olhando o todo de sua duração, compreendemos que ele pode ser pensado como um enigma filosófico situado entre a imagem-movimento das salas comerciais de cinema locais e a imagem-tempo do programa Janela Indiscreta (um cineclube ampliado da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia). Cruzando dados de sua trajetória com essas ideias da filosofia, uma hipótese inicial é que Jorge teve uma emoção com o cinema, quando garoto, e criou o Janela muitos anos depois, o que classifica essa emoção, pela teoria de Bergson, como profunda e criadora. Estabelece-se uma situação de aparente paradoxo, já que o cinema comercial tem a natureza de promover uma relação sensório-motora do público com o filme, diferente do Janela, que busca o pensamento a partir da experiência do filme. Esta seria, então, uma emoção criadora virtual. Independente desta e de outras hipóteses serem válidas ou não, sua colocação evidencia uma necessidade acadêmica de se realizar uma pesquisa sobre Jorge visando responder às perguntas que surgiram até o momento da investigação.

Referência(s)