Artigo Acesso aberto

Anestesia geral na ''Deep Brain Stimulation'': revisão integrativa

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv8n4-297

ISSN

2595-6825

Autores

Miqueias Alves Portes, Maria Letícia Cardoso Costa de Barros, Anna Isabel Rocha de Oliveira, Matheus Alonso Shimizu João, Victor Hugo Sardinha de Freitas, Daniel Cadore Simionatto, Rafael Emídio da Costa, Luiz Gustavo Domingues de Oliveira, Nelson Freire Silva Filho, Leandro Custodio Amorim, Jefferson Bezerra Gomes, Matheus França Cunha, Guilherme Ribeiro Xavier, Gustavo Smit Schlosser, Manuela Lange Vicente, Lara Sardenberg Pinheiro Celin,

Tópico(s)

Epilepsy research and treatment

Resumo

Introdução: A estimulação cerebral profunda (ECP) é uma técnica utilizada para o tratamento de doenças neurodegenerativas em estágio avançado. Atualmente, para esse procedimento, o método anestésico mais utilizado é a anestesia local com uso de sedativo, para que o paciente permaneça consciente. No entanto, é necessário que o paciente interrompa a medicação antiparkisoniana, o que pode causar dor e sequelas psicológicas. Dessa forma, a literatura discute o uso de anestesia geral na ECP e suas possíveis vantagens. Objetivo: Avaliar as diferentes técnicas de anestesia em procedimentos com estimulação cerebral profunda. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa na base de dados PUBMED, utilizando os descritores “ANESTHESIA AND DEEP BRAIN STIMULATION” para artigos publicados entre 2019 e 2024. Resultados: Um ensaio clínico randomizado e duas meta-análises demonstraram que não há diferenças clínicas, pós-cirúrgicas ou relacionadas a complicações entre a estimulação cerebral profunda mediada por anestesia geral e a por anestesia local. Contudo, um ensaio randomizado chinês trouxe dados discrepantes em relação aos encontrados anteriormente: O grupo que passou por anestesia geral teve recuperação mais rápida, deambulação precoce e menores taxas de complicações e estresse relacionadas à cirurgia. Embora o uso de anestesia geral tenha sido recomendado em diferentes graus e tipos de distonias, os métodos anestésicos devem ser determinados com frequência. Conclusão: Os estudos demonstram que não há uma diferença significativa entre as diferentes técnicas anestésicas na ECP, com a maior divergência sendo no conforto proporcionado aos pacientes submetidos à anestesia geral. Os principais obstáculos encontrados na literatura são as amostras pequenas para realização dos trabalhos, que resultam em discordâncias entre os estudos. Além disso, foi observado que a ECP também pode ser utilizada para o tratamento de distúrbios que causam contrações musculares excessivas.

Referência(s)