Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Panorama das histerectomias realizadas através do sistema único de saúde do Maranhão entre 2011 e 2020

2024; Volume: 7; Issue: 15 Linguagem: Português

10.55892/jrg.v7i15.1390

ISSN

2595-1661

Autores

Juliana Lage Yule Mafra, Jomar Diogo Costa Nunes, Richardson Chaves de Abreu, João Pedro Nogueira Fernandes de Sousa,

Tópico(s)

Maternal and Neonatal Healthcare

Resumo

Introdução: A histerectomia, procedimento de remoção cirúrgica do útero, é o segundo procedimento cirúrgico ginecológico mais comum realizado entre as mulheres em idade reprodutiva no Brasil e evoluiu para vários tipos de procedimentos, cada um com seus próprios benefícios e limitações. De acordo com o DATASUS, no ano de 2017 foram executadas 49.121 cirurgias para retirada total do útero pelo Sistema Único de Saúde. Nesse cenário, este estudo busca analisar o perfil e tendência das histerectomias realizadas no Maranhão, através do Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2011 e 2020. Métodos: Estudo descritivo e analítico de corte transversal realizado no estado do Maranhão, utilizando dados disponibilizados na plataforma online do DATASUS. Resultados: No período considerado neste estudo foram registradas 56.667 internações para realização do procedimento de retirada do útero em residentes do estado do Maranhão. Nota-se irregularidade dos registros e a ausência de variáveis importantes para a análise socioeconômica. A faixa etária de 40 a 59 anos foi a mais representativa na amostra (63,2%) e a raça/cor mais prevalente foi a parda (46,2%). O procedimento mais frequente foi a histerectomia total (62,63%), seguida da histerectomia com anexectomia (23,86%) e da histerectomia por via vaginal (5,68%). Entre os diagnósticos predominou a leiomiomatose uterina (63,7%), seguida das neoplasias malignas do útero (9%) e endometriose (7,13%). Os dados coletados, de maneira geral, estão alinhados com a literatura disponível. Conclusão: Traçar um perfil epidemiológico que descreva com precisão aspectos socioeconômicos e clínicos da população que realiza a cirurgia é desafiador, pois os registros em bancos de dados hospitalares ou fontes de dados secundárias não são uniformes e carecem de diversas informações.

Referência(s)