Artigo Acesso aberto

Pancreatite pós operatória - uma revisão integrativa

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n4-440

ISSN

2595-6825

Autores

Vinicius Antonio Magalhães de Freitas Dutra, Amanda Oliva Spaziani, Vanessa Maria Gonçalves de Souza, Maria Letícia Cardoso Costa de Barros, Reinaldo Couri Nogueira, Manuela Eichenberger Hueller, Michel Lopes da Silva, Jean Pierre Nader, Maria Eduarda Pastore, Leandro Custodio Amorim, Rodolfo Passos Almeida, Marcos Eduardo Louredo Morais, Victor Gabriel Moreira Viana, Augusto Lopes Chaves, Carmen Rosauro de Mello, Lucas de Souza Luna,

Tópico(s)

Pancreatic and Hepatic Oncology Research

Resumo

INTRODUÇÃO: A pancreatite aguda pós-operatória (POAP) é uma manifestação inflamatória do pâncreas após uma cirurgia pancreática. O diagnóstico atual de POAP está relacionado com fatores laboratoriais, radiológicos e clínicos. Além disso, a POAP está associada com outras complicações pós-operatórias, como abscesso/sepse intra-abdominal e formação de fístula pancreática pós-operatória. OBJETIVOS: Analisar as causas e fisiopatologia da pancreatite pós-operatória. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa na base de dados PUBMED utilizando os descritores “PANCREATITIS ACUTE AND POSTOPERATIVE” para artigos publicados e 2019 e 2024. RESULTADOS: A pancreatite aguda pós-operatória é comumente definida como uma condição inflamatória aguda do remanescente pancreático e o diagnóstico é baseado na elevação sustentada dos níveis de amilase plasmática (pelo menos 48 horas após a cirurgia) com alterações associadas no curso clínico e alterações radiológicas. Os casos mais graves são chamados de clinicamente relevantes. O uso de exames de imagem muitas vezes pode ser um fator de confusão e pode causar subnotificação de casos de pancreatite aguda pós-operatória. Para evitar outros fatores de confusão durante o diagnóstico é necessário que seja feita uma triagem para descartar medicamentos e tratamentos que podem influenciar no resultado do diagnóstico, como terapias neoadjuvantes e uso de analgésicos. Entre os tipos de procedimentos cirúrgicos que podem causar a pancreatite a pancreatectomia distal é o mais comum. A hiperamilasemia não pode ser usada de forma independente para diagnóstico de pancreatite pós-cirúrgica, uma vez que durante e devido o próprio procedimento pode acontecer elevação da amilase. CONCLUSÃO: Na literatura, discute-se a influência de fatores de confusão que podem complicar o diagnóstico correto de POAP. Nesse sentido, achados radiológicos e alterações laboratoriais podem interferir na acurácia do diagnóstico. Ademais, a pancreatectomia distal é o procedimento com maior incidência de POAP.

Referência(s)