O Dendê, a Bahia, as políticas de desenvolvimento, o racismo e seus paradoxos
2024; Universidade Estadual do Suodeste da Bahia; Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português
10.22481/odeere.v9i2.13859
ISSN2525-4715
Autores Tópico(s)Race, Identity, and Education in Brazil
ResumoEste artigo se propõe a analisar principalmente o fenômeno de escasseamento na produção de azeite de dendê da espécie Dura (que é originalmente africano) na Bahia; trata dos problemas agrários e agrícolas da Costa do Dendê no Baixo Sul baiano e do seu esquecimento nos processos de financiamento agrícola e desenvolvimento tecnológico. Desde de 2021 a escassez do óleo, tão precioso em tantas esferas culturais e comerciais na Bahia vem causando bastante discussão entre povos de santo, as baianas de acarajé, restaurantes, produtores rurais, intelectuais e a imprensa baiana. A possibilidade de uma redução permanente das quantidades disponíveis do azeite de dendê vem deixando aqueles que precisam dele em seus rituais e na sua culinária muito preocupados. Talvez possa se partir do pressuposto de que o azeite de dendê representa muito pouco ou quase nada para a Bahia, pelo menos em matéria de consciência pública, e uma vez estabelecido o paradoxo, determinar que o dendê representa a Bahia em sua totalidade! O fato de estar chegando ao limite da sua sustentabilidade, demostra a negligencia e o esquecimento de políticas públicas em seus processos de desenvolvimento na maneira como historicamente ele vem sendo tratado.
Referência(s)