Portal de Periódicos da CAPES

COOPERAÇÃO INTERNACIONAL COMO ESTRATÉGIA PARA A MELHORA DO TRATAMENTO DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: UMA ABORDAGEM REFLEXIVA ATRAVÉS DA TEORIA DOS JOGOS E DA TRAGÉDIA DOS COMUNS

2024; Revista Políticas Públicas & Cidades; Volume: 13; Issue: 2 Linguagem: Português

10.23900/2359-1552v13n2-101-2024

2359-1552

Ramon Fernandes Olm, Natália Cavichioli, Alessandra Betina Gastaldi, Gabriela Borgmann, Katherine Plautz, Daniela Delwing de Lima,

Congenital Heart Disease Studies

Este artigo explora a cooperação internacional como uma estratégia eficaz para melhorar o tratamento de cardiopatias congênitas, utilizando uma abordagem reflexiva fundamentada na teoria dos jogos e na tragédia dos comuns. As cardiopatias congênitas, definidas como anomalias estruturais do coração e dos grandes vasos presentes ao nascimento, frequentemente requerem intervenções médicas complexas e dispendiosas. Em países com recursos limitados, a falta de infraestrutura especializada e acesso restrito a tecnologias resultam em altas taxas de morbidade e mortalidade infantil. A teoria dos jogos, particularmente o dilema do prisioneiro, fornece uma lente para examinar como políticas isolacionistas e protecionistas em termos de tecnologia médica e conhecimento podem levar a resultados subótimos. A tragédia dos comuns ilustra como o acúmulo de tecnologias e habilidades por países ricos pode limitar a disponibilidade desses recursos para nações em desenvolvimento, exacerbando as desigualdades de saúde. Este estudo utilizou uma revisão narrativa crítica da literatura, com busca realizada na base de dados PubMed e Scielo, abrangendo artigos publicados até 2024. Foram incluídos estudos que abordam cooperação internacional no tratamento de cardiopatias congênitas, aplicação da teoria dos jogos e da tragédia dos comuns em saúde global. A análise crítica dos estudos identificou barreiras e facilitadores para a cooperação internacional, exemplos de cooperação bem-sucedida e implicações teóricas. A síntese dos resultados destacou a necessidade de compartilhamento de tecnologias, formação de especialistas e suporte financeiro como pilares da cooperação internacional.