A Precarização Social do Trabalho e o Assédio Moral no Serviço Público Brasileiro: Como Fica a Saúde dos(as) Trabalhadores(as)?
2024; FUNDACAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS; Volume: 9; Issue: Contínuo Linguagem: Português
10.20873/2526-1487e024027
ISSN2526-1487
AutoresJanine Kieling Monteiro, Adriana Machado Pooli, Elisete Soares Traesel, Andréia Garcia dos Santos, Roberto Heloani, Flávia Traldi de Lima,
Tópico(s)Occupational Health and Burnout
ResumoEste artigo tem como objetivo discorrer sobre como a precarização social do trabalho(PST) torna o ambiente ou modelo organizacional fértil para que emerjam situações deassédio moral (AM) em diferentes grupos de trabalhadores(as) no serviço público brasileiro,com implicações danosas para a saúde. Para tanto, são utilizadas análises de conceitosteóricos e dados qualitativos de pesquisas que indicam como estes fenômenos se articulam ese manifestam. Como resultado, evidencia-se estar a PST associada a práticas organizacionaisde AM, tais como pressão para a produtividade, cumprimento de metas inatingíveis e controleou monitoramento no ambiente de trabalho. As consequências do AM para os indivíduos seapresentam em relatos que apontam medo por falha ou punição por não atingir metas,desmotivação ou perda de sentido do trabalho, faltas, afastamentos e até aposentadorias porinvalidez. As pesquisas destacam que as implicações do AM não se limitam aos alvos, mastambém ocorrem para testemunhas, família e sociedade. O desvelamento dessas práticas deixaargumentos potentes para a necessidade da construção de relações de trabalho pautadas norespeito, onde prevaleçam o reconhecimento da importância de trabalhadores(as) desegmentos públicos, a tolerância zero ao AM e um inegociável compromisso com sua saúde.
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