Desafios e avanços na formação e prática da cirurgia geral de emergência: uma análise crítica e propostas de melhoria
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 9 Linguagem: Português
10.55905/revconv.17n.9-131
ISSN1988-7833
AutoresCarlos Walmyr de Mattos Oliveira, Ana Laura Pena González, Luísa de Andrade Lima Marinho, Guilherme de Jesus Plasto, Jair de Souza Arruda, Francine Jacinto, Daniel Costa de Magalhães, Ítalo do Couto Ferreira, Rafael Linhares Carvalho de Mesquita Mello, Guilherme Augusto Andrade Amorim, Daniel Dall’Agnol Ertal, Daniel Brugnara, Arthur Emil Karlburger, Marcos Laércio Rabelo Siqueira,
Tópico(s)Maternal and Neonatal Healthcare
ResumoA formação e prática na cirurgia geral de emergência (CGE) enfrentam desafios significativos, apesar das recomendações históricas de Sir William S. Halsted para um treinamento especializado em situações de emergência. A heterogeneidade na prática e na formação de cirurgias de emergência ainda é uma realidade, refletida na disparidade entre hospitais e na gestão frequentemente inadequada dessas condições críticas. Este artigo realiza uma análise crítica dos desafios atuais e dos avanços na formação e prática de CGE, e propõe melhorias com base em evidências recentes. Metodologicamente, foi realizada uma revisão bibliográfica abrangente, consultando bases de dados científicas para identificar e analisar as melhores práticas, técnicas e diretrizes na cirurgia de emergência. Os critérios de inclusão focaram em artigos relevantes publicados entre 2000 e 2024, enquanto estudos irrelevantes ou de baixa qualidade foram excluídos. A revisão revelou avanços significativos, como a implementação da cirurgia de controle de dano (CCD), que demonstrou reduzir a mortalidade em traumas graves, e a abordagem por etapas em condições como apendicite aguda complicada e colecistite aguda. No entanto, a aplicação da CCD em emergências não traumáticas e a eficácia das abordagens por etapas ainda são debatidas. A análise também destacou a importância de treinar cirurgiões para lidar com a complexidade crescente dos casos emergenciais, especialmente considerando o envelhecimento da população e a presença de comorbidades. O estudo conclui que, embora existam avanços na prática da cirurgia de emergência, a formação dos cirurgiões e a gestão das emergências ainda precisam de melhorias substanciais. Recomenda-se a atualização dos programas de treinamento, a incorporação de diretrizes baseadas em evidências e melhorias na infraestrutura hospitalar para otimizar os resultados dos pacientes em situações de emergência cirúrgica.
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