Concentrações séricas de ferritina e hemograma em adultos com excesso de peso na região Sudoeste do Paraná

2024; Volume: 11; Issue: 1 Linguagem: Português

10.52521/nutrivisa.v11i1.13750

ISSN

2357-9617

Autores

Késia Zanuzo, Sabrina Grassiolli, Márcia Fernandes Nishiyama, Eloá Angélica Koehnlein,

Tópico(s)

Physical Education and Gymnastics

Resumo

A obesidade está ligada a importantes perturbações no metabolismo do ferro as quais parecem contribuir para o agravamento das comorbidades associadas ao excesso de tecido adiposo branco, incluindo a piora da homeostase glicêmica e lipídica favorecendo a instalação da Síndrome Metabólica (SM). Este estudo transversal investigou o hemograma e níveis de ferritina sérica (FS) em 79 adultos (20-59 anos) na região Sudoeste do Paraná. Foram avaliadas variáveis socioeconômicas, antropométricas, laboratoriais e hábitos de vida. O Índice de Massa Corporal (IMC) indicou que 67,09% apresentavam excesso de peso, com elevada circunferência da cintura, pressão arterial sistólica, hiperglicemia, dislipidemia e resistência à insulina. Sujeitos com excesso de peso apresentaram maior frequência de SM (30,39%) e risco cardiovascular (54,43%). A análise hematológica mostrou que esses sujeitos apresentaram valores aumentados de hemoglobina, eritrócitos, hematócrito, leucócitos, plaquetas e FS, além de menor volume corpuscular médio e hemoglobina corpuscular média em comparação aos sem excesso de peso. Não houve diferença entre os grupos quanto aos parâmetros socioeconômicos. A análise de componentes principais revelou associações significativas entre elevação da FS, alteração no hemograma e piora das condições metabólicas em sujeitos com excesso de peso. Concluiu-se que o excesso de peso eleva a FS, condição acompanhada de anormalidades metabólicas com maior prevalência de SM, indicando que anormalidades na homeostase do ferro podem ser parte da fisiopatologia do excesso de peso e devem ser incorporadas à análise de saúde das doenças crônicas não transmissíveis.

Referência(s)