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“Consciência, autonomia e transformação”: a educação como catalisador da transformação social e da consciência crítica na perspectiva de Paulo Freire

2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 22; Issue: 9 Linguagem: Português

10.55905/oelv22n9-110

1696-8352

Antônio Nacílio Sousa dos Santos, Geilson de Arruda Reis, Gabriel dos Santos Kehler, Andréa Gracio Coimbra, Marcelo Penteado de Toledo, Adriana Teixeira Alves, Ana Cristina Gonçalves Teixeira Saraiva, José de Sousa Campos Júnior, José Airton de Sousa Júnior, Theresa Rachel Mendes da Silva Rodrigues, Patricia Lunardi Martins, Antonio Marcos Firmino da Silva, Armando Julião Paruque, Eliane do Socorro Oliveira Ribeiro, Álef Mendes dos Santos,

Diverse Education Studies and Reforms

O artigo explora a complexa relação entre ordem e desordem e seu impacto na transformação social e na autonomia crítica, com base nas obras de Paulo Freire. A ideia de ordem como uma construção universal frequentemente perpetua desigualdades e injustiças, em vez de promover um verdadeiro progresso. Quando a pedagogia não estimula uma consciência crítica e ativa, ela pode ser insuficiente, gerando uma falsa ordem que não aborda os problemas sistêmicos. Freire propõe que a educação não deve ser uma simples transferência de conhecimento, mas sim um processo crítico que desafie e reinterprete a realidade. O ensino deve promover uma consciência crítica e questionadora, que não se conforma com o status quo, mas busca a transformação social. O objetivo do artigo é discutir a importância da pedagogia de Paulo Freire como um exercício de comunicação para a transformação, destacando a necessidade de uma abordagem democrática e participativa na educação. Trata-se de uma pesquisa qualitativa (Minayo, 2016), descritiva (Gil, 1999) e bibliográfica. Além disso, o artigo aborda a noção freiriana de consciência transitiva e intransitiva, ressaltando a relevância da consciência crítica frente às limitações das consciências ingênuas e atributivas predominantes na sociedade contemporânea. Os achados revelam que a reflexão crítica é essencial para a emancipação intelectual e para o desenvolvimento de novos saberes que contribuam para a melhoria das condições de vida. Assim, afirmamos que a verdadeira emancipação e transformação só são possíveis através da “desordem”, que permite reavaliar e reinventar o que está estabelecido. A educação, portanto, deve transcender a simples formação técnica e buscar uma transculturação horizontal que valorize a reciprocidade e a mudança efetiva. Segundo Freire, a consciência crítica é a chave para enfrentar a subordinação e promover uma transformação social autêntica.