As viúvas machadianas e o partriarcalismo

2024; Editora Univates; Volume: 21; Issue: 9 Linguagem: Português

10.54033/cadpedv21n9-093

ISSN

1983-0882

Autores

Maria Zeneide de Macedo Melo Jorge,

Tópico(s)

History of Colonial Brazil

Resumo

Este trabalho apresenta uma leitura das obras de Machado de Assis: Casa Velha (1994), Miss Dollar (1998), Iaiá Garcia (1972), Ressurreição (1983) e Dom Casmurro (1983). O principal objetivo é analisar o papel das viúvas, levando em consideração o patriarcalismo, sistema de governo centralizado no poder masculino. Nessa conjuntura, foi possível perceber por meio das considerações analisadas o modo como as viúvas apresentam um discurso patriarcalista, dando a entender que são elas, quem governam o mundo insular narrativo. A leitura segue uma sequência do período colonial, problematizando, por sua vez, os costumes das famílias carioca, paulista e mineira, acenando para uma linguagem dissimulada, tematizando, talvez, a parte mais sensível das obras – a utilização de elementos linguísticos, cujo dialetismo propõe que o leitor acredite, fielmente, nas histórias de suas personagens; um modelo de decadência falsídia da produção literárias do realismo na época. É sabido, no entanto, que o autor mascara suas narrativas e o leitor desavisado, portanto, não se limita em acreditar na hipocrisia das personagens. Como resultado do aporte teórico da ação prática, o espaço ficcional é norteado por uma leitura verossímil do período histórico machadiano, amparados nos estudos de Mariza Corrêa (1994), Maria A. D’incao (2000), Gilberto Freyre (2002) e Antonio Candido (2004), John Gledson (1998), Josué Montello (1998), Roberto Schwarz (1992) dentre outros. Cabe justificar que a leitura deste trabalho interessa, não somente por abrir um precedente para evidenciar a forma literária, mas também para elucidar que são questões que engendram a sociedade e as relações humanas poder.

Referência(s)
Altmetric
PlumX