Artigo Acesso aberto

ENTRE DERIVAÇÃO E FLEXÃO: A QUESTÃO DO GRAU

2024; Volume: 10; Issue: 53 Linguagem: Português

10.36238/2359-5787.2024.v10n53.272

ISSN

2359-5787

Autores

Wagner Aparecido da Silva,

Tópico(s)

Education and Public Policy

Resumo

O estudo do processo de formação morfológica da Língua Portuguesa aborda ao menos dois mecanismos fundamentais: a flexão e a derivação. Flexão é um processo sistemático, regular e obrigatório, que envolve concordância sintática com outros elementos da sentença. Este mecanismo é um processo fechado, isto é, não se permite a formação de inúmeras palavras a partir de um radical. Derivação é um processo caracterizado pela adição de um afixo a um radical, criando várias novas palavras, sendo este um processo flexível e arbitrário, além de ser um processo aberto, onde uma maior variedade de palavras pode ser formada com base em uma mesma raiz. A partir da análise de diversas gramáticas tradicionais, foram encontradas inconsistências na maneira como cada gramático entende a formação de grau. Esta inconsistência foi observada a partir da pesquisa em diversas bibliografias que descrevem com exatidão o mecanismo de formação de grau. Ainda pela análise de diversas gramáticas, alguns autores concordam com o fato de o grau analisado por eles ser mais um tom emocional que coercitivo, muito embora se mantenham enquadrando a formação do grau como flexão, contrapondo-se aos cânones do estudo da Morfologia. Vários autores renomados elucidam o mecanismo de formação do grau, oferecendo respaldo para a análise destas gramáticas normativas. Direcionando a análise de forma mais objetiva, é demonstrado a partir de figuras dos livros o momento em que cada gramático contextualiza o mecanismo de flexão no processo de formação do grau. O objetivo aqui não é esgotar a discussão e, sim, oferecer um ponto de partida para se pensar flexão no contexto de gramáticas tradicionais.

Referência(s)
Altmetric
PlumX