O SUS – Sistema Único de Saúde - é tudo que o povo do interior do Amazonas (e do Brasil) tem em termos de saúde

2024; Volume: 23; Issue: 2 Linguagem: Português

10.62827/eb.v23i2.4011

ISSN

2526-9720

Autores

Hércules Lázaro Morais Campos, Rebeca Evangelista Folhadela, Cristiane Costa Reis da Silva, Eurides Souza de Lima,

Tópico(s)

Indigenous Health and Education

Resumo

Que o sistema é essencial na vida de todo povo brasileiro (e até de estrangeiros) isso é inquestionável! É um dos maiores e mais eficientes sistemas públicos de saúde do mundo e é eficaz, sim. Há necessidade de melhorias? Lógico. Tudo precisa de aperfeiçoamento, mas o desconhecimento e o preconceito geram críticas improdutivas e reducionistas. Você já parou para pensar que existem pessoas que só têm o SUS? Que sem esse sistema de saúde público, elas não existiriam? Por mais críticas que você tenha ao SUS (muitas delas por desconhecimento e uso incorreto do sistema), ele é essencial na vida de muitas pessoas que vivem, principalmente, em áreas remotas, ribeirinhas e rurais. No interior do Amazonas, em boa parte de todas as cidades, não há serviços de média e alta complexidade em saúde; não existe, muitas vezes, o básico e faltam profissionais, como dentistas, sanitaristas, médicos (de quase todas as especialidades), nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e vários outros que poderiam deixar essa lista infinita. Assim, é nas mãos do lindo povo da Enfermagem, inserido na Atenção Primária à Saúde, que tudo acontece! O SUS se dá pela ação e pelo trabalho da Enfermagem (desvalorizada e mal remunerada, vergonhosamente, pouco reconhecida no Brasil). Ela é a essência da saúde no país. Digo sempre isso por aí! Sem enfermagem, não existiria SUS, assistência em saúde, sejamos bem sinceros. Os enfermeiros desempenham um papel crucial na oferta de serviços básicos de saúde, realizando desde o acolhimento e triagem até cuidados, como administração de medicamentos, curativos e monitoramento de sinais vitais. Eles também lideram iniciativas de imunização, organizando campanhas para prevenir doenças endêmicas e sazonais na região Amazônica. Além disso, proporcionam assistência abrangente na saúde da mulher, desde o pré-natal até o pós-parto. Na saúde infantil, realizam consultas de puericultura e o monitoramento do crescimento e do desenvolvimento das crianças. Para os idosos, oferecem cuidados multidimensionais, mas principalmente, cuidados que previnem quedas, além do manejo de doenças crônicas, melhorando, dessa forma, significativamente sua qualidade de vida. Além dos cuidados essenciais, os enfermeiros também desempenham um papel crucial na educação em saúde, capacitando comunidades locais, inclusive, as mais remotas como as ribeirinhas, sobre práticas preventivas, alimentação saudável e hábitos de vida saudáveis. Apesar dos desafios logísticos impostos pela vasta extensão territorial e pela geografia complexa do Amazonas, os enfermeiros superam essas barreiras para realização de visitas domiciliares, garantindo atenção contínua e personalizada a pacientes com dificuldades de locomoção. A assistência, durante as visitas, humaniza e fortalece os laços comunitários, reforçando a confiança no sistema de saúde. Graças aos enfermeiros e enfermeiras, as barreiras de acesso ao interior do Amazonas são superadas, a qualidade de vida da população é melhorada e a esperança é mantida viva em cada gesto de cuidado ofertado. Há situações muito específicas de saúde da população indígena; da saúde dos idosos, dos ribeirinhos que são feitos, especificamente, pelos enfermeiros. Repito sempre: há um povo que vive para um rio, em função de um rio, por causa de um rio e acrescento mais, para o SUS, pelo SUS e pelo necessário trabalho de enfermeiros e enfermeiras. Aprendamos a valorizar nossos colegas tão essenciais à saúde e ao SUS! Um viva ao SUS e muitos vivas aos colegas da Enfermagem!

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