Sistemas de produção de erva-mate no Paraná e sustentabilidade

2024; Editora Univates; Volume: 21; Issue: 9 Linguagem: Português

10.54033/cadpedv21n9-219

ISSN

1983-0882

Autores

Patrícia Pompermayer Sesso, Umberto Antônio Sesso Filho, Emerson Guzzi Zuan Esteves,

Tópico(s)

Agricultural and Food Sciences

Resumo

O mate é consumido principalmente na América do Sul com aumento da demanda em outros países baseada em subprodutos como bebidas, farmacêuticos, cosméticos e alimentos com funções antioxidantes, anti-inflamatórias, antimutagênicas, antiobesidade e cardioprotetoras. O Brasil é um grande produtor com maior participação do Paraná. Os sistemas de produção extrativistas podem utilizar somente as plantas nativas ou adensamento, ambos sem agroquímicos. Nos sistemas agrícolas, a erva-mate pode ser monocultura ou consorciada. A indústria comumente mistura a erva-mate extrativa e agrícola sem distinção de origem. O objetivo do estudo foi analisar a evolução da produção, produtividade e preços da erva-mate extrativa e agrícola no Paraná. Os dados foram obtidos no Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social e avaliados por Análise Exploratória de Dados Espaciais. Os resultados mostraram que a produção de erva-mate se concentra na Região Sul do Paraná. No período 2000-2022, a produção extrativa passou de 110 para 379 mil toneladas (t) e a produção agrícola de 206 para 317 mil t com aumento do rendimento de 4 t ha-1 para 9 t ha-1 entre 2011 e 2022. O preço médio ao produtor da erva-mate extrativa era três vezes a de origem agrícola no ano 2000 diminuindo para menos de 10% 20 anos depois. Conclui-se que os benefícios da produção extrativa são a melhor qualidade do produto e a preservação da floresta e dos recursos genéticos podendo ser utilizados para obter um banco de germoplasma e rastreabilidade para valorização do produto regional melhorando a renda ao produtor.

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