A Nossa Terra Devastada: a Crise do Ocidente em 1922 e 2022
2024; UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS; Volume: 12; Issue: 24 Linguagem: Português
10.30612/rmufgd.v12i24.16801
ISSN2316-8323
AutoresMagnus Kenji Hernandes Hübler Hiraiwa,
Tópico(s)International Development and Aid
ResumoEm dezembro de 1922, T.S. Eliot (1888–1965) lançou a sua obra mais popular e influente: The Waste Land, um longo poema traduzido para o português como A Terra Devastada. Nele, o autor evoca imagens de um mundo infértil, despedaçado pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), cuja possibilidade de reabilitação metafísica, ética, intelectual, afetiva e social é colocada em questão. Trata-se do retrato de um mundo em que os otimismos precedentes à Grande Guerra dão lugar à desorientação, à perda de significado, a imagens rompidas e à incapacidade de conexão com o outro. Se é possível argumentar que The Waste Land é um livro sobre a crise da consciência ocidental após a Primeira Guerra Mundial, sobretudo a consciência anglo-americana, também é razoável afirmar que se trata de uma obra sobre a crise ocidental contemporânea ao autor, incluindo as impressões subjetivas dela resultantes. No centenário da obra de T.S. Eliot, este artigo tem como objetivo explorar algumas aproximações potencialmente salutares entre esta e aquela época, ambas marcadas pelo que se pode denominar uma “crise do Ocidente”.
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