Usos políticos dos projetos de conversão na fronteira amazônica (Século XVII)
2024; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS; Volume: 20; Issue: 63 Linguagem: Português
10.5752/p.2175-5841.2022v20n63e206304
ISSN2175-5841
Autores Tópico(s)Colonialism, slavery, and trade
ResumoO presente texto versa sobre as utilizações políticas que a conversão dos grupos indígenas suscitou na fronteira amazônica. A fronteira a que aludimos aqui diz respeito aos rios Marañon, Solimões e Negro, onde os limites das colônias europeias se encontravam. Se por um lado havia o caráter espiritual, em reduzir os indígenas a fé católica, por outro, as conversões foram amplamente utilizadas pelos estados ibéricos para garantir sua zona de influência, além de garantir a supremacia econômica no vale amazônico. E além dos ibéricos, a conversão foi uma política na qual os indígenas se aproveitaram para tirar vantagens da condição de “vassalo do rei”, que o fato de se tornar católico expressava. Desse modo, o presente trabalho dialoga com os estudos de fronteira, sobretudo, com a noção de Missão como instituição de fronteira, além do Protagonismo Indígena, em demonstrar a perspectiva dos grupos nativos, frente ao processo de conversão.
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