“Nem inferno verde nem um paraíso perdido”
2024; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Issue: 35 Linguagem: Português
10.12957/revmar.2024.80681
ISSN2359-0092
AutoresGabriel Felipe Oliveira de Mello,
ResumoEste artigo analisa a figuração da região amazônica no pensamento geopolítico dos intelectuais militares Golbery do Couto e Silva (1913-1987) e Carlos de Meira Mattos (1913-2007) entre as décadas de 1950 e 1970. A hipótese central do trabalho parte do entendimento que antes de representar apenas uma região no sentido geográfico, a Amazônia possuiu um caráter simbólico e determinante na produção do pensamento geopolítico brasileiro do pós-II Guerra Mundial. Essa mobilização estava intrinsecamente relacionada ao conceito de desenvolvimento e a um imaginário político, constituído por uma forte ideia de tempo futuro, que pode ser denominado de “Brasil potência”. Dito isto, esta reflexão procura contribuir para o esforço de entendimento de temas como “sertão”, “conquista do oeste” e "fronteiras", mas inovando na medida em que o enfoque recai sobre o papel da floresta amazônica no pensamento político brasileiro. É justamente sobre essa última questão que este trabalho se debruça, procura demonstrar como a “Amazônica”, enquanto espaço simbólico, figurou na reflexão de intelectuais militares brasileiro do período do pós-Guerra.
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