As visitas pastorais na arquidiocese de Braga após o Concílio de Trento: a visitação de 1710 a S. Maria de Mire

2024; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 14; Issue: 1 Linguagem: Português

10.5380/clio.v14i1.96374

ISSN

2447-4886

Autores

Tiago Fernando Couto Gonçalves,

Tópico(s)

Religious Tourism and Spaces

Resumo

A rápida divulgação em Portugal das orientações saídas do Concílio de Trento deveu-se, grosso modo, ao apoio do cardeal regente D. Henrique e de frei Bartolomeu dos Mártires. A atuação deste último na arquidiocese de Braga forneceu um modelo a ser aplicado nas outras dioceses do reino. Contudo, a aceitação dos decretos conciliares encontrou em Braga uma oposição do cabido catedralício, das colegiadas, dos mosteiros e do clero local. Em relação à prática visitacional, o arcebispo procurou com sucesso substituir-se a essas forças concorrenciais, reconfigurando as áreas visitacionais. Apesar disso, os conflitos mantiveram-se. Por exemplo, no seguimento de uma visitação em 1710 à freguesia de S. Maria de Mire, por mim estudada, o visitador retraiu-se a sancionar o culpado, dada a proeminência do mesmo na ordem beneditina. Daí resultou um conflito entre a congregação e o arcebispo, depois propalado pelo facto de o culpado ter recorrido ao núncio papal.

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