Artigo Acesso aberto Revisado por pares

DESENVOLVIMENTO DE SUPORTE DE SEGURANÇA PARA TRANSPORTE DE MICROCOLETAS DE SANGUE: AVALIAÇÃO DO IMPACTO NO ÍNDICE DE RECOLETAS DE UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO NEONATAL

2022; Medical Association of São Paulo; Linguagem: Português

10.5327/1516-3180.140s1.7025

ISSN

1806-9460

Autores

EMA Mattos, MLL Brisolara,

Tópico(s)

Maternal and Neonatal Healthcare

Resumo

Objetivo: O laboratório de análises clínicas desempenha um importante papel no auxílio à tomada de decisão médica. O processo da realização de um exame envolve três etapas principais: fase pré-analítica, analítica e pós-analítica. Falhas na fase pré-analítica são responsáveis por cerca de 46% a 68,2% do total de erros laboratoriais(1). Perdas de material biológico por vazamentos geram uma cadeia de eventos que podem intervir negativamente no cuidado do paciente, levando a recoletas de amostra. Uma das áreas mais fortemente impactadas por recoletas de sangue no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) é a unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), onde existem pacientes de extremo baixo peso, nos quais pequenos volumes de sangue geram perdas cumulativas que podem ocasionar anemia iatrogênica. Os índices de vazamento com tubos de microcoleta são altos devido ao tipo de vedação utilizado em alguns modelos. O índice de recoletas por vazamento na UTIN em 2021 foi de 12,3%, sendo o aceitável, segundo a literatura, índices totais que variam de 0,5% a 2%. Método: Foi desenvolvido um dispositivo de segurança pelas equipes do Laboratório de Análises Clínicas, Engenharia Biomédica e Engenharia Clínica. Um protótipo foi impresso em impressora 3D e testado. Conclusão: Após a introdução do uso dos dispositivos, os índices de recoleta na UTIN passaram de 12,3% (99 recoletas/ mês) para 3,8% (31 recoletas/mês) no primeiro mês; de 2,4% (19 recoletas/mês) no segundo mês até atingir o índice de 1% (8 recoletas/mês) no terceiro mês. O suporte foi patenteado e os índices continuarão sendo acompanhados como indicadores gerenciais de qualidade. Referências: 1. Plebani M. Errors in clinical laboratories or errors in laboratory medicine? Clin Chem Lab Med. 2006; 44(6): 750-9. 2. Carraro P, Plebani M. Errors in a stat laboratory: types and frequencies 10 years later. Clin Chem. 2007; 53(7): 1338-42.

Referência(s)
Altmetric
PlumX