Artigo Acesso aberto Revisado por pares

INCIDÊNCIA DE CASOS DE HEPATITES VIRAIS AGUDAS A, B, C, D, E EM SERVIÇOS DE SAÚDE BRASILEIROS

2022; Medical Association of São Paulo; Linguagem: Português

10.5327/1516-3180.140s1.6928

ISSN

1806-9460

Autores

KG Oliveira, TSP Domingues, SD Pugliese, CT Panico, LOC Sousa, DOPS Oliveira, Roberta Sitnik, JRR Pinho,

Tópico(s)

Hepatitis Viruses Studies and Epidemiology

Resumo

Objetivo: Hepatites virais (HV) são doenças infecciosas de notificação compulsória, e o conhecimento dos padrões atuais de incidência da forma aguda nas diferentes regiões do país é fundamental para a elaboração das políticas públicas de interrupção das cadeias de transmissão. Dessa forma, este estudo tem como objetivo determinar as taxas de incidências das HV A, B, C, D e E em pacientes com quadros clínicos sugestivos de hepatopatia aguda atendidos em algumas instituições de saúde brasileiras participantes de um projeto PROADI junto ao DCCI/SVS/MS. Método: Estudo observacional, prospectivo e multicêntrico em 22 instituições de saúde distribuídas em 14 estados brasileiros, nas cinco regiões do país, no qual foram incluídos apenas casos com suspeita diagnóstica de hepatites agudas. Foram coletados dados demográficos, epidemiológicos e clínicos, bem como amostras de sangue para análise laboratorial para pesquisa dos marcadores sorológicos e moleculares para a detecção das HV agudas A, B, C, D e E. Entre outubro de 2019 a abril de 2022, foram estudados 972 casos suspeitos e tivemos os seguintes resultados: 1. anti-HAV IgM e/ou HAVRNA: 30 – 3,09%; 2. IgM anti-HBc e (HBsAg e/ou HBV DNA): 23 – 2,36%; 3. anti-HCV positivo e carga viral maior que 1.000 UI/ml: 63 – 6.48%; 4. anti-HEV IgM positivo e/ou detecção de HEV RNA: 31 – 3.18%, sendo só um deles positivo isoladamente para HEV RNA; 5. doze pacientes de estados da Amazônia ocidental foram positivos para anti-HDV e HDV RNA, mas nenhum era IgM anti-HBc positivo, ou seja, em nossa casuística, todos os casos tinham padrão de superinfecção HDV/HBV e não de coinfecção. Conclusão: Esses dados preliminares confirmam a presença de casos agudos de HV A, B, C e E em diferentes estados brasileiros e casos de HV D na Amazônia ocidental, reforçando a necessidade de continuar verificando a presença de casos agudos no momento em que se busca a eliminação das hepatites como um problema de saúde pública.

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