Florística e estrutura em duas áreas de florestas secundárias com diferentes idades
2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 10 Linguagem: Português
10.55905/revconv.17n.10-022
ISSN1988-7833
AutoresMikael Oliveira da Silva, Andréa de Vasconcelos Freitas Pinto, Maria José de Holanda Leite, Camila Alexandre de Cavalcante de Almeida, Cleuma Christir da Silva Almeida, Mayara Andrade Souza,
Tópico(s)Environmental and biological studies
ResumoO presente trabalho teve como objetivo compreender como a composição florística e estrutura variam em áreas com diferentes idades de regeneração na Floresta Atlântica da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Santa Fé, localizada no município de Tanque d’Arca, Alagoas. O estudo foi realizado em duas áreas localizadas na RPPN Santa Fé que possui 17,61ha. A amostragem foi realizada em 60 parcelas, 30 parcelas permanentes contínuas de 10 × 10 m com 10 m de distância entre si no fragmento com regeneração recente (RC) e 30 na área com regeneração avançada (RA), onde foram identificados e mensuradas a altura e o diâmetro detodos os indivíduos arbóreos com (DAP) ≥ 5 cm. A lista florista foi organizada utilizando o sistema de classificação APGIV. Para responder o objetivo do presente trabalho, avaliou-se: similaridade através do coeficiente de Jaccard (Cj) e para comparar a estrutura calculou-se por parcela, o índice de Simpson (D), e o índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’). Nas 60 parcelas amostradas, considerando as duas áreas, foram encontrados 1449 indivíduos, 51 espécies arbóreas, pertencentes a 26 famílias botânicas e 46 gêneros. Das 51 espécies 41,2% são compartilhadas em ambas as áreas; 39,2% são exclusivas da área de regeneração avançada (RA) e 19,6% da área de regeneração recente (RR). Esses resultados demonstram que, apesar do período de intervenção antrópica nessas áreas, as mesmas estão conseguindo se recuperar e manter a diversidade característica do bioma. Assim, o baixo número de espécies compartilhadas pode ser reflexo da variação nas condições ambientais ao longo do tempo ou da própria ecologia de algumas espécies. Além disso, as diferenças florísticas observadas entre os fragmentos podem estar ligadas à distribuição natural das Florestas Estacionais Deciduais, bem como à localização fitogeográfica dos fragmentos.
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