A pedagogia de Paulo Freire e a tolerância no ensino jurídico
2024; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS; Volume: 9; Issue: 16 Linguagem: Português
10.5752/p.1678-3425.2024v9n16p375-385
ISSN1678-3425
Autores Tópico(s)Race, Identity, and Education in Brazil
ResumoO ensino jurídico atual, calcado na educação bancária, em que o aluno é um mero espectador passivo da relação de educação, sem possuir um senso crítico, carece de mudanças, principalmente em sua pedagogia. A ausência de tolerância e de competências desenvolvidas pelos discentes são fatores que demonstram a necessidade de um avanço no ensino do Direito nos moldes contemporâneos. Casos concretos recentes, envolvendo a Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo e Bahia mostram que a educação jurídica que ainda segue ditames educacionais do passado está atrasada. Além disso, dados da Ordem dos Advogados do Brasil também mostram que o Brasil possui um alto número de advogados e faculdades de Direito. A obra de Paulo Freire e sua educação libertadora, em que o discente é fruto de um processo emancipatório parece ser uma solução, tendo em vista que favorece a relação de entre o corpo discente e docente por meio da tolerância e respeito, sendo esta uma competência necessária para os operadores do Direito. Dessa forma, o objetivo deste artigo é responder à pergunta sobre como favorecer uma educação de qualidade a partir do ato de tolerar por meio de uma pedagogia emancipatória. Conclui-se, por meio de metodologia de pesquisa qualitativa, de método hipotético-dedutivo, e de pesquisa bibliográfica, que a pedagogia libertadora de Paulo Freire é calcada no respeito discente-docente, favorecendo sua tolerância. Além disso, prega-se a necessidade constante do desenvolvimento de competências nos discentes, visto que são essenciais para a manutenção do ensino jurídico pautado no ato de tolerar.
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