Artigo Acesso aberto Revisado por pares

INCIDÊNCIA DA SÍNDROME METABÓLICA EM MOTORISTAS PROFISSIONAIS DE TRANSPORTE E CARGA NO ESTADO DE GOIAS

2023; Medical Association of São Paulo; Linguagem: Português

10.5327/1516-3180.141s2.9492

ISSN

1806-9460

Autores

SH Kasmas, B. F. da Silva, AM Oliveira, DS Barbosa, Nayara Toledo da Silva, TM Santos,

Tópico(s)

Youth, Drugs, and Violence

Resumo

Objetivo: A síndrome metabólica (SM) é definida como o agrupamento de fatores lipídicos e não lipídicos, de origem metabólica, tendo como marcador fisiopatológico comum a resistência à insulina. Deve-se destacar sua importância do ponto de vista epidemiológico, visto que é responsável pelo aumento da mortalidade cardiovascular estimada em torno 2,5 vezes. Os fatores de risco identificados como SM incluem obesidade, hipertensão, aumento dos triglicerídeos e diabetes. Na população adulta brasileira, de 8,9% a 44% apresentam SM, e essa prevalência poderá aumentar de acordo com a idade e o estilo de vida insalubre. Apesar de sua importância para a saúde pública, ainda são escassos os estudos que avaliaram a incidência da SM em profissionais de transporte de cargas. O objetivo deste estudo é analisar a relação entre a SM e os escores de riscos cardiovasculares em profissionais da área de transporte com doenças não transmissíveis específicas. Método: Estudo transversal que envolveu 1104 motoristas com habilitação de carteira Nacional de Habilitação nas categorias D ou E do estado de Goiás. A coleta de dados e as amostras de sangue ocorreram em dois períodos: o primeiro, de julho a agosto de 2022, e o segundo, de outubro a novembro de 2022. Conclusão: Entre 1104 motoristas analisados 1.054 (95%) eram do sexo masculino, com média de idade de 42 a 47 anos. Em relação aos fatores de riscos, 85% IMC ≥ 25 kg/m2; 84% circunferência abdominal ≥ 94 cm; 15% de colesterol total ≥ 240 mg/dl; 16% HDL< 40 mg/dl; 53% triglicerídeos ≥ 200 mg/dl; e 33% glicose > 110 mg/dl. Conclusão: Verificou-se presença expressiva dos fatores de risco cardiovasculares e SM na população estudada. Referências: 1. I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. Arq Bras Cardiol. 2006; 84 Suppll. 2. Després JP, Lemieux I. Abdominal obsity and metabolic syndrome. Nature. 2006; 444. Doi:10.1038/nature05448.

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