Artigo Acesso aberto Revisado por pares

PROTEÔMICA NÃO DIRECIONADA NA ROTINA DE LABORATÓRIOS CLÍNICOS – IDENTIFICAÇÃO DE AMILOIDOSE

2023; Medical Association of São Paulo; Linguagem: Português

10.5327/1516-3180.141s2.9558

ISSN

1806-9460

Autores

RA Schuch, VM Carvalho, F. W. S. Lima, RJM Natalino, Jussara Bianchi Castelli, CG Figueira,

Tópico(s)

Sarcoidosis and Beryllium Toxicity Research

Resumo

Objetivo: A amiloidose forma um grupo de doenças caracterizadas pelo depósito de proteínas fibrilares na matriz extracelular causado por falha no dobramento de seu precursor proteico, ocasionando danos teciduais e disfunção do órgão atingido. Existem mais de 30 tipos diferentes de proteínas formadoras de depósito; o tratamento mais adequado para essa doença depende da identificação correta da proteína amiloidogênica. Ensaios histoquímicos e imuno-histoquímicos são utilizados para essa finalidade, porém, apresentam especificidade e sensibilidade limitadas devido ao dobramento incorreto das proteínas amiloidogênicas e aos artefatos do processo de fixação. Assim, desenvolvemos um novo método in house para tipagem de amiloidose usando proteômica não direcionada. Método: Biópsias de tecidos emblocados em parafina foram processadas por meio de microtomia e fixação em lâminas de microdissecção com filme especial, seguidas de uma coloração por vermelho Congo. As lâminas foram analisadas por médicos patologistas, e regiões com e sem depósito foram cortadas no microscópio de microdissecção a laser; em seguida, fez-se o protocolo de extração das amostras e análise por espectrometria de massas em alta resolução. A partir da identificação do proteoma do depósito, os resultados foram discutidos com assessoria médica. A validação metodológica seguiu os procedimentos preconizados pelo CLSI. Conclusão: O método foi comparado com um método de um laboratório de referência e os resultados foram idênticos para 10 diferentes tipos de tecido com depósitos distintos. A avaliação da precisão mostrou 100% de concordância entre o tipo de depósito e a correspondente proteína formada ao longo da validação. O limite de detecção foi estabelecido de acordo com a área mínima de material dissecado (0,5 mm2). A metodologia desenvolvida beneficia os pacientes com um diagnóstico mais preciso e foi pioneira na América Latina, sendo um dos poucos locais no mundo a oferecer a identificação de amiloidose por espectrometria de massas.

Referência(s)
Altmetric
PlumX