Exenteração Pélvica Anterior Laparoscópica: Descrição Técnica
2024; CIG Media Group; Linguagem: Português
10.24915/aup.223
ISSN2387-0419
AutoresAndréia Machado Cardoso, C. Laranjo Tinoco, Ricardo Rodrigues, Mariana Capinha, Luís Pinto, Ana Sofia Araújo, Paulo Mota, Luís Vale, João Pimentel Torres, Emanuel Carvalho‐Dias,
Tópico(s)Reconstructive Surgery and Microvascular Techniques
ResumoIntrodução: A exenteração pélvica anterior permanece uma terapêutica principal nas neoplasias uro-ginecológicas. Embora classicamente realizada pela mórbida via aberta, técnicas mini- mamente invasivas encontram-se em expansão. Contudo, pela complexidade técnica desta cirurgia com múltiplas etapas, ainda não é largamente quando a assistência robótica está indisponível. Assim, pretendemos descrever a nossa técnica laparoscópica, passo-a-passo, segura e viável, mesmo perante tumores localmente avançados, desde que mantendo a dissecção por planos fasciais, identificação de marcos anatómicos, e a decomposição da cirurgia em etapas simples e sequenciais, cada uma facilitando a seguinte. Métodos: Os nossos passos-chave são: Trendelenburg, disseção ureteral e laqueação com Hem-o-lok® com sutura de referência; secção dos ligamentos ováricos e uterinos; disseção lateral até exposição da fáscia endopélvica e laqueação dos pedículos vesicovaginais; disseção do plano posterior, seguida do anterior, com cuidadosa disseção da uretra; encerramento vaginal; linfadenectomia; tunelização no mesossigmoide e transposição do ureter esquerdo; referenciação do íleo para derivação urinária subsequente. Resultados: A técnica demonstrada foi aplicada numa neoplasia localmente avançada. Conclusão: Salientamos a segurança e eficácia da EPAL mesmo em tumores localmente avançados e agressivos, sendo uma cirurgia alcançável quando realizada mantendo a disseção por planos, seguindo marcos anatómicos, e decomposta em passos simples e sequenciais, cada um auxiliando o sucesso do próximo.
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