PERFIL DE RESISTÊNCIA DOS PRINCIPAIS AGENTES CAUSADORES DE INFECÇÕES URINÁRIAS EM UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS EM SALVADOR, BAHIA
2023; Medical Association of São Paulo; Linguagem: Português
10.5327/1516-3180.141s2.8077
ISSN1806-9460
AutoresLCSC Santos, HLC Brandão, TM Pomponet, IO Moura, BO Barreto, CM Araújo, LFA Nery,
Tópico(s)Public Health in Brazil
ResumoObjetivo: A resistência bacteriana é um problema global de saúde pública, tornando-se cada vez mais desafiador o tratamento de infecções urinárias. É essencial conhecer o perfil de resistência dos agentes causadores para orientar a escolha do tratamento empírico e prevenir o desenvolvimento de resistência, o qual pode variar de acordo com a região geográfica, o ambiente hospitalar ou comunitário e a população estudada. Nosso objetivo foi verificar o perfil da resistência bacteriana dos principais agentes causadores de infecção urinária. Método: Realizada uma análise retrospectiva dos dados das uroculturas do ano de 2022 de um laboratório de análises clínicas. Conclusão: Foram avaliadas 2.014 uroculturas positivas, com predomínio das bactérias: E. coli – 1578 (78,35%), K. pneumoniae – 287 (14,25%), P. aeruginosa – 78 (3,87%) e P. mirabilis (3,53%). O perfil de resistência encontrado foi: E. coli com uma taxa de resistência a quinolonas de 41,6%, amoxacilina/clavulanato de 37,5%, sulfametoxazol-trimetoprima de 32% e cefalosporinas de segunda e terceira geração de 16%. A K. pneumoniae apresentou 42% de resistência a nitrofurantoina, 41% a quinolonas, 37,5% a cefalosporinas de segunda e terceira geração, 37,2% a amoxacilina/ clavulanato, 28,2% a sulfametoxazol-trimetoprima, 26,2% a cefalosporinas de quarta geração e 26% a piperacilinatazobactam. P. aeruginosa e P. mirabilis não apresentaram modificações relevantes quanto à resistência. Nossos dados demonstram um aumento da resistência aos antibióticos mais comumente utilizados no tratamento das ITUs, inclusive os de nova geração. O monitoramento contínuo do perfil de resistência e o uso prudente dos antibióticos são fundamentais, sendo relevante que os médicos considerem as recomendações locais de tratamento e testem a sensibilidade para escolher o antibiótico mais apropriado para cada caso, pois variações ocorrem ao longo do tempo e entre diferentes contextos clínicos.
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