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UTILIZAÇÃO DO TUBO CONTENDO ÁCIDO BÓRICO COMO CONSERVANTE EM AMOSTRAS DE UROCULTURA

2023; Medical Association of São Paulo; Linguagem: Português

10.5327/1516-3180.141s2.7627

1806-9460

MP Dias, ICS Souza, AC Brandão, HWO Felix Júnior, BO Barreto, CM Araújo, LFA Nery, IO Moura,

Environmental and biological studies

Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar a viabilidade da utilização do tubo contendo ácido bórico como método de conservação e transporte de urina para realização de urocultura. Método: Foram selecionadas 23 amostras aleatórias de urina de pacientes de um laboratório localizado em Belém, Pará. As amostras foram semeadas e, em seguida, aliquotadas em tubo de 10 ml, contendo 15 mg/ml de ácido bórico, para serem enviadas juntamente com o frasco primário até outro núcleo técnico operacional em Brasília, Distrito Federal. Neste, as amostras foram ressemeadas, totalizando três semeaduras diferentes. Todas as amostras foram enviadas em caixas refrigeradas, com temperatura de até 8°C, por transporte aéreo, respeitando todas as condições previstas pelas normas regulamentadoras. Os resultados foram obtidos de um banco de dados sem identificação individual, com dispensa de tramitação no sistema CEP/CONEP. Conclusão: Das 23 amostras, 17 apresentaram resultado negativo para urocultura (74%) e seis, positivo (26%). No entanto, em nove amostras (39%), o crescimento de microbiota foi em maior quantidade na semeadura realizada a partir das amostras enviadas sem o conservante. Entre os resultados positivos, em apenas uma amostra (16,6%) observou-se discrepância na contagem de colônias. Tanto na semeadura realizada em Belém, quanto na enviada a Brasília com conservante, a contagem foi de 50.000 UFC/ml de E. coli. Porém, na semeadura realizada a partir do frasco sem conservante, a contagem de colônias foi de 100.000 UFC/ml. Neste estudo, o uso do frasco contendo conservante se apresentou seguro e válido para o transporte e o acondicionamento de amostras de urina que serão submetidas ao exame de urocultura. Devido à sua propriedade microbiostática, o ácido bórico possibilitou a conservação das amostras e, consequentemente, a garantia e a confiabilidade dos resultados de urocultura.