Artigo Acesso aberto Revisado por pares

AVALIAÇÃO DA INIBIÇÃO DA INTERAÇÃO DO SARS-COV-2 COM A CÉLULA HOSPEDEIRA POR ANTICORPOS NEUTRALIZANTES FRENTE ÀS VOCS EM VOLUNTÁRIOS VACINADOS – UMA COORTE RETROSPECTIVA

2023; Medical Association of São Paulo; Linguagem: Português

10.5327/1516-3180.141s2.8982

ISSN

1806-9460

Autores

BSB Marques, JR Siqueira, M L Moreira, F Moruzzi, EM Carvalho, Marco Aurélio Krieger,

Tópico(s)

Dermatological and COVID-19 studies

Resumo

Objetivo: A pandemia de Covid-19, crise de saúde iniciada no final de 2019, causada pelo Sars-CoV-2, levou a um número significativo de infecções e mortes em todo o mundo. O Sars-CoV-2 possui um sítio RBD responsável pela ligação do vírus ao receptor ECA2 das células hospedeiras. Estudos demonstraram que algumas mutações na proteína RBD foram associadas ao aumento da transmissibilidade ou gravidade da doença. Durante a infecção, a resposta imune do hospedeiro pode gerar uma variedade de anticorpos, incluindo anticorpos neutralizantes (AN), que têm como alvo o sítio RBD, bem como impedir a entrada do vírus na célula. No presente trabalho, avaliamos, retrospectivamente, a neutralização contra diferentes variantes – Wuhan, Delta e Omicron – após a exposição de voluntários ao vírus, ou após a vacinação, entre fevereiro de 2021 e julho de 2022. Método: Voluntários vacinados no esquema Astrazeneca/ Pfizer tiveram suas amostras avaliadas quanto à inibição da ligação do ECA2 ao RBD pelos AN presentes no soro, utilizando o teste Sars-CoV-2 NT-CHIP, NL Diagnóstica. As amostras foram coletadas após eventos vacinais e quadros de Covid-19. Conclusão: Em nossos resultados, observamos o aumento da por centagem de neutralização frente às três variantes de maneira dependente da dose vacinal e independente da variante. As medianas da porcentagem de neutralização da variante Wuhan, em voluntários não expostos ao vírus, foram de 18%, 57% e 100%, após 1ª, 2ª e dose booster, respectivamente. Na variante delta, observamos os seguintes valores: 10%, 50,5% e 100% de mediana, e a variante Omicron apresentou valores de 12%, 20,5% e 51%, após os eventos vacinais. O contato prévio com vírus gerou um acréscimo nas medianas em todas as variantes analisadas e todos os períodos observados, corroborando os dados da literatura sobre a resposta humoral contra Sars-CoV-2. Nossos dados ratificam a literatura que descreve que, apesar das mutações no sítio RBD, a resposta imune é capaz de gerar proteção cruzada entre as variantes estudadas.

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