Artigo Acesso aberto

Tendência temporal da internação e mortalidade por Epilepsia na infância e pré adolescência entre 2012 e 2022 no Brasil

2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 17; Issue: 11 Linguagem: Português

10.55905/revconv.17n.11-023

ISSN

1988-7833

Autores

Verônica de Camargo Mendanha, JORDANA ALVES NOVAIS, Mariana Alves dos Santos, Giovana Guedes Mendonça, Renata Machado Pinto,

Tópico(s)

Child Nutrition and Water Access

Resumo

A epilepsia é a doença neurológica mais prevalente no mundo, geralmente se manifestando na infância. Quando persistente, pode gerar problemas neuropsiquiátricos, maior risco de traumas e de aumento da mortalidade em crianças. Este estudo tem como objetivo realizar uma análise temporal dos casos de internação e mortalidade por epilepsia no Brasil no período de 2012 e 2022, em crianças e adolescentes de 0 a 14 anos. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal, que analisou a tendência temporal por regressão de Prais-Winsten, com cálculo da variação percentual anual (APC) e do intervalo de confiança (IC95%). Os dados foram coletados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e usados para calcular as taxas de internação e mortalidade. Constatou-se que a taxa de internação do Brasil está estacionaria (APC = 1,66%; IC95%: -0,17;3,51), enquanto a de mortalidade por epilepsia foi crescente (APC = 3,70%; IC95%: 0,35;7,17). Quanto às internações, todas as regiões se mantiveram estacionárias, exceto o Nordeste, que apresentou taxas crescentes. Em relação aos óbitos, apenas o Sul e o Centro-Oeste se mantiveram estacionários, enquanto as demais regiões registraram taxas crescentes. O ano de 2022 apresentou as maiores taxas de mortalidade e hospitalização. Conclui-se que a epilepsia não está concentrada em uma única região do Brasil, destacando a necessidade de abordagens nacionais para tratamento, conscientização pública, acesso a serviços de saúde e capacitação profissional. Estudos futuros devem focar na identificação precoce da condição para evitar complicações e melhorar os procedimentos terapêuticos.

Referência(s)